Os Doze girassóis numa jarra é uma pintura do pintor holandês Vincent van Gogh. Após a chegada do pintor ao sul da França, estabelecendo-se em Arles, Van Gogh passou a utilizar efeitos de cores e de luz com mais intensidade. Doze Girassóis numa Jarra pode ser considerado o culminar de todo este efeito em na obra do artista.
Finalizado em agosto de 1888, o quadro está hoje exposto na Neue Pinakothek, em Munique.
Atualmente, esta é uma das telas mais famosas do mundo.
Ao longo da sua vida, van Gogh pintou vários quadros em que estas flores surgem, sendo a série de sete que executou em Arles a partir do verão de 1888 a mais importante.
O objetivo de Vincent van Gogh não era tanto fazer uma cópia exata da natureza, mas antes expressar as suas próprias emoções, como ele próprio explicou numa carta enviada a Theo pouco antes de iniciar a série de flores amarelas: “Em vez de tentar apresentar exatamente o que tenho diante dos meus olhos, uso a cor de forma mais arbitrária para me expressar”, escreveu. Este uso particular do cor influenciou profundamente a arte moderna, em especial os expressionistas que lhe seguiram.
“Gostava de pintar de forma a que (…) toda gente conseguisse percebê-lo de olhos fechados”, disse uma vez. Por outro lado, e no caso específico dos girassóis, estes permitiam-lhe “expôr os seus métodos de trabalho, a forma como abordava os motivos e as preocupações específicas que tinha ao pintar. Os girassóis que colocava num vaso de manhã cedo requeriam tratamento urgente, pois murchavam ao fim de algumas horas. Este facto permitiu-lhe justificar um procedimento que, para sua satisfação, representava um fim em si próprio. Um pintor não habituado a um trabalho rápido nunca conseguira captar a beleza que, minuto a minuto, se ia consumindo. Era o amarelo dos girassóis que transmitia toda a magia, aquela cor do sul a que van Gogh já prestara homenagem ao pintar a sua casa de amarelo”, escreveu Ingo F. Walther. |