Aula 28
Quem
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  Livro  
  Paginas Soltas  
  Kleber Dias do Nascimento  
  "... A vida e a inteligência
Não foi Deus quem as criou,
São atributos da essência,
A mesma essência que é Deus
E a que Deus utilizou ."

"... Não só por saber que semelhante a Deus fui feito, Mas que posso alcançar ser como Deus perfeito. Só depende de mim, tão só de minha determinação."
(Realismo)

"Deixar a vida para entrar na história
Por se haver na luta fracassado
É sem dúvida uma atitude inglória
Uma nódua inapagável do passado.

Toda luta é sempre meritória
Pouco importa se seja derrotado
Não é aqui que se encontra a glória
Mas em outro plano bem mais elevado."
(Fracasso)

Um Sonho Que Findou

Na hora da Ave Maria
Quando o sino badalava
Na capela da minha aldeia
Todo mundo ajoelhava
Pra agradecer ao pai do Céu
O sustento que nos dava.

Era uma coisa tão bonita
Que a gente nem sabe explicar
Havia tanta ingenuidade
Tanto amor tanta bondade
Naquela santa amizade
Que até o padre chorava

Chorava sim de comoção
De ver naquela humildade
Em tanta simplicidade
A solidária união
Que dava à gente a impressão
De serem todos irmãos.

 
2              
  Uma Luz na Escuridão  
  Kleber Dias do Nascimento  
 

"É aqui mesmo onde vivemos, dentro e não fora de cada um de nós, criado pela nossa própria imaginação, que existe o paraíso com que sonhamos o purgatório onde purgamos nossas penas, o inferno que tanto nos apavora. Modelamo-nos pelo nosso livre arbítrio e, exclusivamente de nós depende a boa ou má escolha que fizermos."

"Se acaso algumas idéias que lançamos encontrarem receptvividade ou boa acolhida em outras mentes, é que, circunstancialmente elas ali já se encontravam em uma forma embrionária, aguardando tão somente um raio de luz para desabrocharem."

"Deploráveis têm sido as religiões, como insulfadoras e instigadoras de um irrefletido supersticionismo detentor do progresso evolutivo, transcedental, do ser."

"Se ofendemos alguém ou nos sentimos angustiados por algum indecoroso comportamento ou leviandades cometidas, o caminho certo, para reconciliarmo-nos conosco mesmo, evitando esses prejudiciais recalques que vão obstruindo aos poucos o nosso raciocínio, não é, em hipótese alguma, o de nos dirigirmos a esses zelosos guardiões das consciências alheias, mas sim aos ofendidos..."

"O nosso destino pertence tanto a Deus como a nós mesmos."

"Se enveredarmos por algum tortuoso caminho, de difícil acesso, não serão súplicas ou orações que haverão de nos ajudar. Poderemos implorar às imagens de nossas devoções, benzermo-nos, penitenciarmo-nos, flagelarmo-nos, ou mergulharmos em pias de água benta que não alteraremos em nada o roteiro que imprevidentemente nos tenhamos traçado..."

"A Bíblia é um livro: sagrado pela sagacidade de uns, com a conivência de outros, e a ingenuidade de todos."

"...desse universo em miniatura que é o ser humano ?"

"É um todo que constitui o homem como é o todo que constitui Deus..."

"Orar a Deus não é lamentar, implorar, formular ou receitar modelos de súplicas, mas emitir pensamentos positivos em prol do bem-estar pessoal, social e coletivo. É estabelecer o firme propósito de não se entregar aos impulsos negativos de nossa natureza..."

 
3              
  O Velho Testamento  
  Apostolos  
 

O Antigo Testamento, também conhecido como Escrituras Hebraicas, tem 46 livros (39 livros na versão usada pelos protestantes) e constitui a primeira grande parte da Bíblia cristã, e a totalidade da Bíblia hebraica Tanakh.

 
4              
  Ching  
  Ching Wen  
 

O I Ching é a base da sabedoria chinesa, um conjunto de estudos que analisa o mundo e o homem, passando por astronomia, matemática, fenômenos, etc. O Livro das Mutações é a obra sagrada e milenar sobre esse ensinamento, que tem como um dos objetivos o autoconhecimento. É mais famoso no mundo ocidental por ser um oráculo (ensina dois rituais, um com moedas e outro com varetas para que o leitor o consulte com perguntas), o que de fato é, mas não apenas. Para entender o I Ching devemos primeiro absorver o significado desses termos. Na China antiga, o nome de uma coisa não era considerado apenas um rótulo, mas “uma expressão do ser”, como explica o tradutor, no prefácio da edição brasileira citada. A designação “I” é um símbolo (ou “ideograma”) de máxima importância na sabedoria chinesa. Significa mutação, que é o centro do pensamento chinês: tudo é mutável, menos a própria mutação, que é constante, e isso demonstra a essência da vida. “Ching” quer dizer “clássico”, ou seja, a tradução em português mais literal da obra seria “O Clássico das Mutações”.

Inicialmente o livro tinha mais símbolos do que palavras, o que exigia uma interpretação rigorosa. Ao longo dos séculos, diferentes sábios acrescentaram textos explicativos, que facilitam a vida do leitor, embora restrinjam o significado mais puro dos símbolos. Os tais símbolos são os 64 hexagramas (figuras formadas por 6 linhas) compostos a partir da combinação de 8 trigramas que representam os estados essenciais da natureza e do Universo (veja indicações ao lado). Cada um deles vem com um “Julgamento” acompanhado de outros textos interpretativos da figura e no que seus significados podem se desdobrar. A estrutura do livro tem várias ramificações, entretanto sua linguagem não é difícil. Pelo contrário, busca a simplicidade. Mas para isso o leitor tem que entrar no espírito dos orientais e não buscar respostas rápidas ou superficiais. O próprio I Ching ensina isso e o oráculo pode “se negar” a responder a sua pergunta.

A tradição chinesa atribui a um ser mítico de nome Fu Hsi a criação de toda a base da sabedoria da China, representada na escrita pelo I Ching. Fu Hsi teria estudado o céu, a terra, os organismos e nomeado os Kua (cada símbolo), com seus traços e representações simbólicas antes da dinastia Chou (1150 a.C.-249 a.C.), por volta de 5000 a.C. Posteriormente, textos foram acrescentados pelo rei Wên (escreveu os trechos de “Julgamento”) e pelo duque de Chou (“Linhas”) já na dinastia homônima. As chamadas “Dez Asas” foram escritas pelo famoso sábio Confúcio, responsável pelo nome “Ching” da obra. Quem trouxe O Livro das Mutações para o mundo ocidental foi o tradutor alemão Richard Wilhelm, em 1923, depois de quase 10 anos de trabalho.

É uma das mais importantes obras do mundo e provavelmente a mais antiga já divulgada. Os chineses foram pioneiros em organizar métodos para a busca do autoconhecimento, por isso a sabedoria desse povo é tida até hoje como sólida referência da cultura oriental.

“Abençoar significa ajudar. O céu ajuda ao homem de devoção; os homens ajudam a quem é sincero. Aquele que caminha na verdade e pensa com devoção, reverenciando ainda aos homens dignos, é abençoado pelo céu. Ele encontra a boa fortuna e tudo lhe é favorável”

(comentário de Confúcio no hexagrama Ta Yu / Grandes Posses)

 
5              
  A Ilíada e A Odisséia  
  Homero  
 

“Canto, ó deusa, a cólera de Aquiles” é o verso inicial e o tema central da Ilíada, que em seus mais de 15 000 versos relata a fúria do herói Aquiles, filho de uma deusa e um mortal, e suas trágicas conseqüências na Guerra de Tróia, na qual mata Heitor, o fi lho do rei de Tróia. Odisséia conta as difíceis aventuras que enfrenta Ulisses, rei de Ítaca, e seu retorno para casa após a guerra, onde o esperam sua esposa, Penélope, e o fi lho, Telêmaco.

Homero foi um dos primeiros poetas da Grécia antiga. Pouco se sabe sobre sua vida, mas calcula-se que tenha nascido por volta dos séculos 8 ou 9 a.C. Pelo menos 7 cidades gregas disputam a honra de ter sido seu berço. Já houve até quem questionasse a própria existência do poeta.

São os 2 maiores poemas épicos da história, considerados o início da literatura narrativa ocidental. Tiveram enorme influência nas manifestações da arte, da literatura e da civilização do Ocidente, e seus personagens e sagas se tornaram símbolos e sínteses de toda a aventura humana.

Levados pelas diferenças de estilo de cada poema, estudiosos há séculos discutem a hipótese de cada um dos textos pertencer a um autor diferente. Ou de ambos serem a recomposição de poemas anteriores, da tradição oral, reunidos por um poeta anônimo.

 
6              
  Os Upanishads  
  Vedas  
 

Os Upanishads derivam do mais antigo texto hindu, os Vedas, que formam a base de toda a fi losofi a do hinduísmo. Originalmente eram cerca de 200 textos, mas 12 são considerados os mais importantes. Por meio de diálogos entre mestre e discípulo, os Upanishads falam sobre a compreensão da alma humana (Atman) e o caminho para se atingir a realidade absoluta (Brahman).

O autor dos textos é desconhecido, mesmo após estudiosos tentarem em vão descobrir sua identidade. Foi o filósofo Shankara quem compilou os 10 mais importantes e acrescentou comentários que até hoje influenciam a cultura hindu.

Os Upanishads também são chamados Vedantas (o fim dos Vedas, escrituras religiosas hindus), não apenas por serem os últimos textos a ser concluídos, mas por reunirem os ensinamentos mais importantes. Eles tratam de filosofia e meditação e são considerados a essência do pensamento hindu (religião seguida hoje por mais de 500 milhões de pessoas no mundo), a busca do indivíduo por uma conexão com o universal, a realidade absoluta. Os Upanishads e o Mahabharata (leia sobre ele na página 23) se completam: os primeiros têm uma conotação filosófica e o segundo, uma importância cultural.

 
7              
  O Caminho e Seu Poder  
  Lao-Tzu  
 

Tao Te Ching, Dao de Jing ou Tao-te king, comumente traduzido como O Livro do Caminho e da Virtude, é uma das mais conhecidas e importantes obras da literatura da China. Foi escrito entre 350 e 250 a.C. Sua autoria é, tradicionalmente, atribuída a Lao Tzi (literalmente, "Velho Mestre"), porém a maioria dos estudiosos atuais acredita que Lao Tzi nunca existiu e que a obra é, na verdade, uma reunião de provérbios pertencentes a uma tradição oral coletiva versando sobre o tao (a "realidade última" do universo). A obra inspirou o surgimento de diversas religiões e filosofias, em especial o taoísmo e o budismo chan (e sua versão japonesa, o zen).

 
8              
  O Avesta  
  Zaratustra  
 

Avesta,faz parte das escrituras sagradas do zoroastrismo, que são os textos do Avesta e os textos do Pálavi.

O Avesta, incorretamente chamado Zend-Avesta, é, assim como a Bíblia, uma coleção de livros sagrados que foram escritos durante um longo período e em diferentes idiomas. A principal diferença para a Bíblia é que o Avesta se parece com um livro de orações e possui poucas narrativas.

 
9              
  Analectos  
  Confúcio  
 

Com breves diálogos e anedotas, compilados após a morte de Confúcio, Analectos é um conjunto de normas de comportamento, cuja essência é o “ren”, que pode ser traduzido como “benevolência” ou “humanismo”. São um misto de religião, código de ética, ritual social e filosofia política.

Kung-Fu-Tzu (551 a.C.-479 a.C.) – Confúcio é a latinização desse nome, “Venerável Mestre Kung” – passou quase a vida inteira lecionando na China, onde nasceu. Tido por muitos como um verdadeiro santo, dizia-se um escolhido do céu com a missão de restaurar o mundo. Ambicionava um emprego no governo para colocar suas idéias em prática, tendo exercido o cargo de ministro da Justiça. Depois disso, passou 13 anos peregrinando pela China. Morreu aos 72 anos, deprimido e frustrado.

Os ensinamentos deixados por Confúcio ainda permeiam a vida política e social de quase metade das pessoas no mundo. Suas idéias influenciaram clássicos do Iluminismo no século 16 e ainda hoje estão presentes em costumes e interferem até mesmo no desempenho econômico de países como China, Japão e Coréia.

 
10              
  História Guerra do Peloponeso  
  Tucídides  
 

A obra em 8 volumes retrata um dos episódios bélicos mais importantes do chamado Século de Ouro da civilização grega: a guerra entre Atenas e Esparta. O conflito de 27 anos terminou com a vitória de Esparta, o que acarretou o fim da hegemonia ateniense, marcando o início da decadência da Grécia.

Contemporâneo de Sócrates e Sófocles, o aristocrata ateniense Tucídides (460 a.C.-400 a.C.) foi comandante de uma esquadra da cidade-estado no início do conflito. Depois de ser derrotado numa batalha, acabou banido do exército e passou a recolher evidências para escrever sua obra-prima.

O livro cobre apenas o período de 431 a.C. a 411 a.C., antes da derrota de Atenas, o que demonstra a desilusão de Tucídides com sua terra natal. Pela primeira vez na civilização ocidental o papel dos deuses quase desaparece. Testemunha da história, Tucídides toma os fatos como matéria-prima. Preza a cronologia e a investigação, fundando as bases da historiografia.

O filósofo Thomas Hobbes, de O Leviatã, traduziu A História da Guerra do Peloponeso para o inglês em 1628. Segundo ele, Tucídides, “embora jamais faça digressões morais ou políticas sobre seu próprio texto, nem procure entrar no coração dos homens além do que os fatos evidentemente conduzem, está entre os mais preciosos historiadores políticos”.

 
11              
  Obras  
  Hipócrates  
 

Hipócrates é considerado por muitos uma das figuras mais importantes da história da Medicina, frequentemente considerado "pai da medicina", apesar de ter desenvolvido tal ciência muito depois de Imhotep, do Egito antigo. É referido como uma das grandes figuras do florescimento intelectual grego, como Demócrito, Sócrates e Aristóteles. Hipócrates era um asclepíade, isto é, membro de uma família que durante várias gerações praticara os cuidados em saúde.

Nascido numa ilha grega, os dados sobre sua vida são incertos ou pouco confiáveis. Parece certo, contudo, que viajou pela Grécia e que esteve no Oriente Próximo.

Nas obras hipocráticas há uma série de descrições clínicas pelas quais se pode diagnosticar doenças como a malária, papeira, pneumonia e tuberculose. Para o estudioso grego, muitas epidemiasrelacionavam-se com fatores climáticos, raciais, dietéticos e do meio onde as pessoas viviam. Muitos de seus comentários nos Aforismos são ainda hoje válidos. Seus escritos sobre anatomia contêm descrições claras tanto sobre instrumentos de dissecação quanto sobre procedimentos práticos.

Foi o líder incontestável da chamada "Escola de Cós". O que resta das suas obras testemunha a rejeição da superstição e das práticas mágicas da "saúde" primitiva, direcionando os conhecimentos em saúde no caminho científico.

Hipócrates fundamentou a sua prática (e a sua forma de compreender o organismo humano, incluindo a personalidade) na teoria dos quatro humores corporais (sangue, fleugma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra) que, consoante às quantidades relativas presentes no corpo, levariam a estados de equilíbrio (eucrasia) ou de doença e dor (discrasia). Esta teoria influenciou, por exemplo, Galeno, que desenvolveu a teoria dos humores e que dominou o conhecimento até o século XVIII. Sua ética resume-se no famoso Juramento de Hipócrates. Porém, certos autores afirmam que o juramento teria sido elaborado numa época bastante posterior.

Na filosofia prática da medicina atribuída à Hipócrates, e reunida no Corpus Hippocraticum, as doenças, durante um certo tempo, evoluem de forma silenciosa até alcançarem o momento crucial, chamado krisis (crise), momento em que a doença se define, rumo à cura ou não. O bom médico deve identificar o kairós (momento oportuno) de agir. Esse tempo (kairós) não dura muito tempo (khronos) e, portanto, o médico não tem tempo a perder. Além disso, é atribuída a ele a famosa frase: "O bom médico estuda apenas pelos slides".

 
12              
  Obras  
  Aristóteles  
 

Aristóteles foi um filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande Seus escritos abrangem diversos assuntos, como a física, a metafísica, as leis da poesia e do drama, a música, a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia e a zoologia. Juntamente com Platão e Sócrates (professor de Platão), Aristóteles é visto como um dos fundadores da filosofia ocidental. Em 343 a.C. torna-se tutor de Alexandre da Macedónia, na época com treze anos de idade, que será o mais célebre conquistador do mundo antigo. Em 335 a.C. Alexandre assume o trono e Aristóteles volta para Atenas onde funda o Liceu.

Todos os aspectos da filosofia de Aristóteles continuam sendo objeto de estudos acadêmicos. Embora Aristóteles tenha escrito muitos tratados e diálogos formatados para publicação, apenas cerca de um terço de sua produção original sobreviveu, nenhuma delas destinada à publicação.  Aristóteles foi retratado por grandes artistas, como Rafael Sanzio e Rembrandt. As primeiras teorias científicas modernas, incluindo a circulação do sangue de William Harvey e a cinemática de Galileu Galilei, foram desenvolvidas em reação às de Aristóteles. No século XIX, George Boole deu à lógica de Aristóteles uma base matemática com um sistema de lógica algébrica. No século 20, Martin Heidegger criou uma nova interpretação da filosofia política de Aristóteles, entratando em outros lugares Aristóteles foi amplamente criticado, até mesmo ridicularizado por pensadores como o filósofo Bertrand Russell e o biólogo Peter Medawar. Mais recentemente, Aristóteles foi novamente levado a sério, como no pensamento de Ayn Rand e Alasdair MacIntyre, enquanto Armand Marie Leroi reconstruiu a biologia aristotélica. A imagem de Aristóteles orientando o jovem Alexandre permanece atual, como foi retratada no filme de 2004, Alexandre. Sua obra Poética continua a exercer influência no cinema norte-americano.

 
13              
  História  
  Heródoto  
 

A obra é dividida em 9 livros e conta a história da invasão persa à Grécia no século 5 a.C., desde o crescimento do império até sua errota. O livro descreve em detalhes cada região e fala da religião, da geografia, da história e características étnicas de cada um dos povos envolvidos na batalha.

Exilado em Halicarnasso, sua cidade natal, após um golpe de Estado, foi provavelmente durante o exílio que Heródoto (485 a.C.-420 a.C.) realizou as viagens que descreve em História a lugares como Egito, Babilônia e Itália. O autor foi um grande repórter e um observador curioso.

Heródoto tornou-se o primeiro historiador a não apenas gravar o passado, mas a considerá-lo um projeto de pesquisa que poderia contribuir para o conhecimento do comportamento humano. Mais do que um historiador, ele é tido como o precursor da etnografia, geografia e da reportagem. Depois dele, o conceito de “História” passou a ter o significado que conhecemos hoje.

No livro, Heródoto diz que tratará dos grandes feitos dos gregos e os “bárbaros” dando igual valor sobre os dois lados, porque “a fortuna gira com justiça sua roda e os vencedores de agora serão os vencidos do porvir”.

 
14              
  A República  
  Platão  
 

República é um diálogo socrático escrito por Platão, filósofo grego, no século IV a.C.. Todo o diálogo é narrado, em primeira pessoa, por Sócrates. O diálogo parte de uma busca acerca de uma definição pelo que consiste a Justiça (de modo característicos dos seus primeiros diálogos), o que leva Platão a especular tanto acerca do seu antônimo (a injustiça) como entre os mais diversos temas, não só éticos, mas também políticos, epistemológicos, metafísicos, psicológicos, entre outros. Em suma, se destaca no texto as divagações do filósofo quanto a filosofia ético-política (ainda que não seja sua única e mais madura obra dedicada ao tema, como exemplo podemos citar seu diálogo da velhice "Leis"), nesse diálogo Platão discorre acerca características dos diferentes regimes políticos e a proposta do próprio Platão de uma cidade ideal, cuja é designada como "Kallipólis", que significa "cidade bela". Platão, para avaliar os regimes, desenvolve um paralelo entre o ser humano e a cidade, no primeiro o filósofo elenca três faculdades distintas para alma humana, a saber, apetitiva, irascível e racional, já a segunda o filósofo divide em três classes essenciais, a dos comerciantes, dos guerreiros – os guardiães – e dos governantes (os quais Platão elegerá os filósofos), sendo assim Platão argumenta quanto a uma correspondência entre ambas as instâncias (a cidade-estado – pólis, para os gregos – é tomada como uma ampliação do ser humano), e que deve haver uma harmonia entre as diferentes faculdades da alma, como também entre as diferentes classes da cidade, essa ordenação se dá quando tanto o indivíduo quanto o estado elegem seus aspectos racionais como orientador de suas ações. Como consequência dessa harmonia, nasce a saúde na alma e na pólis, a qual se reflete também na justiça, questão inicial posta no livro I do diálogo.

A República tem uma extensão considerável, articulada pelos tópicos do debate e por elementos dramáticos. Exteriormente, está dividido em dez livros, subdividida em capítulos e com a numeração de páginas do humanista Stéphanus da tradição manuscrita e impressa.

 
15              
  Elementos de Geometria  
  Euclides  
 

Composta de 13 livros, com 465 proposições, 93 problemas e 372 teoremas, a obra é uma compilação das mais importantes escobertas de geometria, aritmética e álgebra da época em que foi escrita. Ela reúne teorias de Eudoxo, Teeteto e Platão, além de descobertas do próprio Euclides, ordenadas e estruturadas como ciência, a partir de axiomas (premissa de uma demonstração que, no entanto, não é passível de ser demonstrada). Os livros bordam geometria plana, números, teoria das proporções e geometria do espaço.

Euclides (330 a.C.-260 a.C.) nasceu na Síria e estudou em Atenas. Supõe-se que ele tenha estudado e lecionado na Academia de Platão.

Pela primeira vez, a geometria foi apresentada como um sistema lógico. Euclides inaugura o método axiomático, em que os axiomas são expostos em uma ordem perfeita, segundo a qual cada teorema resulta das definições e axiomas anteriormente expostos. A obra foi a principal referência em geometria até o século 19, quando começou a ser questionada.

Dois mitos falam sobre a presença de espírito de Euclides. O rei Ptolomeu questionou qual seria o caminho mais curto para a geometria e ele respondeu: “Não há nenhum caminho real na geometria”, mostrando que, nessa área, todos são iguais, até mesmo os poderosos. Outra lenda diz que um aprendiz perguntou o que ganharia aprendendo geometria. Euclides teria dito: “Dê a essa pessoa uma moeda, pois ele quer lucrar com o que aprende”.

 
16              
  O Dhammapada  
  Buda  
 

O Dhammapada (algo como “o caminho da virtude”, na língua páli) é uma coletânea de provérbios que o próprio Buda teria proferido ao longo de sua vida de pregação. Numa linguagem simples, ensina que somente os próprios indivíduos podem se ajudar, incentivando o esforço pessoal. Sua mensagem principal trata da bondade em relação a todos os seres e da pregação da não-violência.

O livro contém os ensinamentos de Siddharta Gautama (560 a.C.-480 a.C.), o Buda, um príncipe que viveu na região da fronteira entre o Nepal e a Índia. Segundo a tradição, aos 29 anos ele deixou a vida palaciana para viver na floresta praticando a meditação até alcançar uma experiência religiosa que chamou de Iluminação. Passou a ser conhecido como Buda e viveu transmitindo seus ensinamentos a uma legião de discípulos.

Mais de 2000 anos depois de escrito, o Dhammapada ainda hoje influencia o modo de vida de milhões de pessoas no mundo. O budismo é adotado como religião de grande parte da população dos países asiáticos.

 
17              
  A Eneida  
  Virgílio  
 

Um dos maiores épicos da fundação de Roma, os 6 primeiros livros contam a volta de Enéas à península itálica, após a queda de Tróia. No caminho, uma tempestade o leva a Cartago, onde se apaixona pela rainha Dido. No entanto, Júpiter faz com que ele continue a viagem com o dever de fundar a cidade que se tornará a Roma imperial. Após a partida do amado, Dido se suicida. Os 6 últimos livros da obra mostram a sangrenta batalha entre Enéas e seu rival Turnus.

Nascido no norte da Itália, Publius Vergilius Maro (70 a.C.-19 a.C.) estudou inicialmente em Milão e Cremona, seguindo depois para Roma, onde se dedicou à matemática, medicina e retórica. Entrou para o círculo dos “poetas alexandrinos”, grupo de intelectuais que buscavam inspiração nos ensinamentos dos gregos do século 3 a.C. Virgílio encarava a composição da Eneida como um dever político e religioso. Afi rma-se que o poeta, à beira da morte, teria ordenado a destruição de sua obra-prima, mas o imperador Augusto não permitiu.

Eneida liga a civilização romana à hereditariedade dos heróis gregos, mais precisamente ao troiano Enéas, escolhido pelos deuses para fundar Roma e dar origem à linhagem dos Césares, legitimando por meio da história e da cultura o poder político. Para isso, o poeta inspirou-se na Ilíada e na Odisséia, de Homero (pág. 16). A apropriação latina da cultura grega é o que funda a cultura greco-romana, da qual somos herdeiros. O sentimento religioso e o humanismo de Virgílio o tornaram um símbolo da cristandade durante a Idade Média. É ele quem guia Dante Alighieri pelo Inferno e pelo purgatório no clássico Divina Comédia (pág. 30).

 
18              
  Da Natureza da Realidade  
  Lucrécio  
 

Escrito no século I a.C. por Tito Lucrécio Caro; dividido em seis livros, proclama a realidade do homem num universo sem deuses e tenta libertá-lo do seu temor à morte. Expõe a física atomista de Demócrito e a filosofia moral de Epicuro.

O título traduz-se do latim como Sobre a Natureza das Coisas, ainda que por vezes chega-se a traduzir como Sobre a Natureza do Universo, quem sabe para refletir a escala real que se trata no livro.

A visão de Lucrécio é bastante austera, mas no entanto incita a alguns pontos importantes que permitem aos indivíduos um escape periódico de seus próprios desejos e paixões para observar com compaixão a pobre humanidade em seu conjunto, incluindo-se a si mesmo, podendo observar a ignorância, a infelicidade reinante, e incita a um melhoramento.

A responsabilidade pessoal consiste em falar sobre a verdade pessoal que se vive. De acordo com a obra, a proposição de verdade de Lucrécio é dirigida a uma audiência ignorante. Esperando que alguém o escute, o compreenda e desta forma passe a semente da verdade capaz de melhorar o mundo. Lucrécio rompe, em definitivo, com a ideia central e metafísica de 'natureza', o que lhe confere a virtude de extraordinário avanço na história do pensamento ocidental. 'Natureza' não é um a substância, um estado primordial, ou, ainda, uma causa final de toda realidade. A natureza se confunde com os próprios átomos. Para Lucrécio, nada procede do nada, por milagre divino  e nada retorna ao nada . As coisas são constituídas por sementes eternas, ou seja, os átomos. Eles constituem o mundo, nada os precede

 
19              
  Expo. Alegóricas das Leis Divinas  
  Philo de Alexandria  
 

Fílon de Alexandria foi um filósofo judeo-helenista que viveu durante o período do helenismo.

Fílon tentou uma interpretação do Antigo Testamento à luz das categorias elaboradas pela filosofia grega e da alegoria. Foi autor de numerosas obras filosóficas e históricas, onde expôs a sua visão platónica do judaísmo. Surge como o primeiro pensador a tentar conciliar o conteúdo bíblico à tradição filosófica ocidental. Neste sentido, é mais conhecido por sua doutrina do logos, sobre a qual ainda se encontram à espera de solução inúmeras controvérsias.

 
20              
  O Novo Testamento  
  Apostolos  
 

Novo Testamento é o nome dado à coleção de livros que compõe a segunda parte da Bíblia cristã, cujo conteúdo foi escrito após a morte, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo e é dirigido explicitamente aos cristãos, embora dentro da religião cristã tanto o Antigo Testamento (a primeira parte) quanto o Novo Testamento são considerados, em conjunto, Escrituras Sagradas.

Os livros que compõe essa segunda parte da Bíblia foram escritos à medida que o cristianismo era difundido no mundo antigo, refletindo e servindo como fonte para a teologia cristã. Essa coleção de 27 livros influenciou não apenas a religião, a política e a filosofia, mas também deixou sua marca permanente na literatura, na arte e na música.

O Novo Testamento é constituído por uma coletânea de trabalhos escritos em momentos diferentes e por vários autores. Em praticamente todas as tradições cristãs da atualidade, o Novo Testamento é composto de 27 livros. Os textos originais foram escritos por seus respectivos autores a partir do ano 42 d.C., em grego koiné a língua franca da parte oriental do Império Romano, onde também foram compostos. A maioria dos livros que compõe o Novo Testamento parece ter sido escrito por volta da segunda metade do século I.

Fazem parte dessa coleção de textos as 13 cartas do apóstolo Paulo (maior parte da obra, escritas provavelmente entre os anos 50 e 68 d.C.), os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João (narrativas da vida, ensino e morte de Jesus Cristo, conhecidos como os Quatro Evangelhos), Atos dos Apóstolos (narrativa do ministério dos Apóstolos e da história da Igreja primitiva) além de algumas epístolas católicas (ou universais) menores escrito por vários autores e que tem com conteúdo instruções, resoluções de conflito e outras orientações para a igreja cristã primitiva. Por fim, o Apocalipse do apóstolo João.

Nem todos esses livros foram aceitos imediatamente pelos primeiros cristãos. Alguma dessas cartas foram contestadas na antiguidade (antilegomena), como Apocalipse de João e algumas Epístolas católicas menores (II Pedro, Judas, Tiago, II e III João).Entretanto, gradualmente eles se juntaram a coleção já existente que era aceita pelos cristãos, formando o cânone do Novo Testamento. Outros livros, como o Pastor de Hermas, a epístola de Policarpo, as de Inácio e as de Clemente (I e II Clemente), circularam na coleção antiga de livros que era aceita por algumas comunidades cristãs. Porém, esses livros foram excluídos do Novo Testamento pela Igreja primitiva.

Curiosamente, apesar do Cânone do Antigo Testamento não ser aceito uniformemente dentro do cristianismo (católicos, protestantes , ortodoxos gregos, eslavos e armênios divergentes quanto aos livros incluídos no Antigo Testamento), os 27 que formam o Cânon do Novo Testamento foram aceitos quase que universalmente dentro do cristianismo, pelo menos desde o século III. As exceções são o Novo Testamento da Igreja Ortodoxa da Etiópia, por exemplo, que considera autêntico o Pastor de Hermas (séc. II) e a Peshitta, Bíblia da Igreja Ortodoxa Síria, utilizada por muitas Igrejas da Síria, que não inclui o Apocalipse de João na lista de livros inspirados

 
21              
  Vidas Paralelas  
  Plutarco  
 

Vidas Paralelas é uma compilação de várias biografias de homens ilustres da Roma Antiga e da Grécia Antiga escritas por Plutarco.

A obra, tal como a conhecemos hoje em dia, tem 23 pares de biografias, contendo cada par a biografia de um homem ilustre grego e outro romano. O primeiro par conhecido, Epaminondas - Cipião, o Africano, foi perdido.

 
22              
  Anais  
  Tácito  
 

Anais é o título de uma obra histórica escrita por Tácito que relata a vida de quatro imperadores, os que sucederam a César Augusto. As partes da obra que chegaram até a atualidade tratam de grande parte dos governos de Tibério e de Nero.

Os Anais foram a obra final de Tácito. Escreveu ao menos 16 livros, mas os livros 7-10 perderam-se, bem como parte dos livros 5, 6, 11 e 16. O livro 6 acaba com a morte de Tibério e os livros do 7 ao 12 cobriam presumivelmente os governos de Calígula e de Cláudio. Os demais livros tratam do governo de Nero.

 
23              
  Enéadas  
  Plotino  
 

As Enéadas, por vezes abreviado para Enéadas é a coleção de escritos do filósofo neoplatônico Plotino (nascido em Licópolis Deltaica, Egito, provavelmente em 205 d. C.) que foi editada e compilada por seu discípulo Porfírio por volta de 270 (especula-se que este tenha sido o ano da morte de Plotino).

A obra é formada por 54 tratados divididos em seis capítulos, compostos de nove partes cada um e, por isso, chamados ‘Enéadas’, pois nove, em grego, é ennéa.

 
24              
  Alcorão  
  Maomé  
 

Alcorão é o livro sagrado do Islã. Os muçulmanos creem que o Alcorão é a palavra literal de Deus (Alá) revelada ao profeta Maomé (Muhammad) ao longo de um período de vinte e três anos. A palavra Alcorão deriva do verbo árabe que significa declamar ou recitar; Alcorão é portanto uma "recitação" ou algo que deve ser recitado.

É um dos livros mais lidos e publicados no mundo. É prática generalizada na maioria das sociedades muçulmanas que o Alcorão não seja vendido, mas sim dado. Um patrono dos Estados Unidos, como Thomas Jefferson, teve o livro em seu acervo de cerca de dez mil volumes.

O Alcorão está organizado em 114 capítulos, denominados suras, divididas em livros, seções, partes e versículos. Considera-se que 92 capítulos foram revelados ao profeta Maomé em Meca, e 22 em Medina. Os capítulos estão dispostos aproximadamente de acordo com o seu tamanho e não de acordo com a ordem cronológica da revelação.

Cada sura pode por sua vez ser subdividida em versículos (ayat). O número de versículos é de 6536 ou 6600, conforme a forma de os contar.

A sura maior é a segunda, (A Vaca), com 286 versículos; as suras menores possuem apenas três versículos.

Os capítulos são tradicionalmente identificados mais pelos nomes do que pelos números. Estes receberam nomes de palavras distintivas ou de palavras que surgem no inicío do texto, como por exemplo A Vaca, A Abelha, O Figo ou A Aurora. Contudo, não é habitual que o conteúdo da sura esteja relacionado com o título do capítulo.

O Alcorão não foi estruturado como um livro durante parte da vida de Maomé. À medida que o profeta recebia as revelações, ele solicitava a jovens letrados que integravam a sua comitiva que transcrevessem os textos. O chefe desta equipe de secretários, que surgiu de forma institucionalizada após a Hégira, em Meca, foi Zayd ibn Thabit.

O texto foi preservado em materiais dispersos tão variados como folhas de tamareira, pedaços de pergaminho, omoplatas de camelos, pedras e também na memória dos primeiros seguidores. Durante as noites do Ramadão, Maomé recapitulava as revelações, numa conferência onde estavam presentes os logógrafos (escritores profissionais) e os hafizes, ou seja, pessoas que conheciam passagens de memória (que escutaram nas prédicas do profeta).

Após a morte de Maomé em 632 iniciou-se o processo de recolhimento dos vários extratos.

O Alcorão descreve as origens do Universo, o Homem e as suas relações entre si e o Criador. Define leis para a sociedade, moralidade, economia e muitos outros assuntos. Foi escrito com o intuito de ser recitado e memorizado. Os muçulmanos consideram o Alcorão sagrado e inviolável.

Para os muçulmanos, o Alcorão é a palavra de Deus, sagrada e imutável, que fornece as respostas acerca das necessidades humanas diárias, tanto espirituais como materiais. Ele discute Deus e os seus nomes e atributos, crentes e suas virtudes, e o destino dos não crentes (kuffar); até mesmo temas de ciência. Os muçulmanos não seguem apenas as leis do Alcorão, eles também seguem os exemplos do profeta, o que é conhecido como a Sunnah, e a interpretação do Corão contida nos ensinamentos do profeta, conhecida como hadith.

Aos muçulmanos é ensinado que Deus lhes enviou outros livros. Para além do Alcorão, os outros são o livro de Abraão (que se perdeu), a lei de Moisés (a Torá), os Salmos de David (o Zabûr) e o evangelho de Jesus (o Injil). O Alcorão descreve cristãos e Judeus como "povos do Livro" (ahl al Kitâb).

Os ensinamentos do Islão englobam muitas das mesmas personagens do judaísmo e do cristianismo. Personagens bíblicas bem conhecidas como Adão, Noé, Abraão, Moisés, Jesus, Maria (a mãe de Jesus) e João Batista são mencionados no Alcorão como profetas do Islão.

 
25              
  Cabala  
  Judaísmo  
 

Cabala é um método esotérico que engloba um conjunto de ensinamentos relacionados com Deus, o universo, o homem, a criação do mundo, a vida e a morte. É uma mística esotérica judia que se fundamenta na revelação de Deus a Adão e a Moisés.

A cabalá originalmente se desenvolveu dentro do domínio do pensamento judaico, e cabalistas judeus usam fontes judaicas clássicas para explicar e demonstrar os seus ensinamentos esotéricos. Esses ensinamentos (Hokmá ha-Kabbalah - Sabedoria da Cabalá) são mantidos pelos seguidores do judaísmo para definir o significado interno, tanto da Bíblia hebraica e da literatura rabínica tradicional e sua dimensão transmitida anteriormente escondida, bem como de explicar o significado das observâncias religiosas judaicas.

A cabala foi sendo espalhada por toda Europa, precisamente na Itália renascentista, por vários mestres rabinos e pelos cabalistas.

 
26              
  Divina Comédia  
  Dante Alighieri  
 

A Divina Comédia é um poema de viés épico e teológico da literatura italiana e mundial, escrito por Dante Alighieri no século XIV e dividido em três partes: o Inferno, o Purgatório e o Paraíso.

Escrito originalmente em italiano vulgar baseado no dialeto toscano da época e bastante semelhante ao italiano atual, e não em latim como fazia-se comum à época.

Cada uma das três partes do poema (Inferno, Purgatório e Paraíso) está dividida em 33 cantos, com mais um a título de introdução, a obra soma 100 cantos, número que significaria a perfeição da perfeição. Além do próprio Dante, três são os personagens principais: Virgílio, guia no inferno e purgatório, Beatriz guia no paraíso terrestre e São Bernardo, guia nas esferas celestes.

A Divina Comédia propõe que a Terra está no meio de uma sucessão de círculos concêntricos que formam a Esfera armilar e o meridiano onde é Jerusalém hoje, seria o lugar atingido por Lúcifer ao cair das esferas mais superiores e que fez da Terra Santa o Portal do Inferno. Portanto o Inferno, responderia pela depressão do Mar Morto, onde todas as águas convergem, e o Paraíso e o Purgatório seriam os segmentos dos círculos concêntricos que juntos respondem pela mecânica celeste e os cenários comentados por Dante, num poema envolvendo todos os personagens bíblicos do Antigo ao Novo Testamento, que são costumeiramente encontrados nas entranhas do Inferno sendo que os personagens principais da Divina Comédia são o próprio autor, Dante Alighieri, que realiza uma jornada espiritual pelos três reinos do além-túmulo, e seu guia e mentor nessa empreitada, Virgílio - o próprio autor da Eneida.

 
27              
  Elogio da Loucura  
  Erasmo de Roterdão  
 

O Elogio da Loucura, é um ensaio escrito em 1509 por Erasmo de Roterdão e publicado em 1511. O Elogio da Loucura é considerado um dos mais influentes livros da civilização ocidental e um dos catalisadores da Reforma Protestante.

O livro começa com um aspecto satírico para depois tomar um aspecto mais sombrio, em uma série de orações, já que a loucura aprecia a auto-depreciação, e passa então a uma apreciação satírica dos abusos supersticiosos da doutrina católica e das práticas corruptas da Igreja Católica Romana. O ensaio termina com um testamento claro e por vezes emocionante dos ideais cristãos.

 
28              
  O Príncipe  
  Maquiavel  
  " ... as ofensas devem ser feitas todas de uma só vez, a fim de que, pouco degustadas, ofendam menos, ao passo que os benefícios devem ser feitos aos poucos, para que sejam melhor apreciados..."

" Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda."

"... aprender a poder não ser bom e usar ou não da bondade..."

"... podem muito bem coexistir o ser temido e o não ser odiado..."

"... vê-se na ordem das coisas que nunca se procura fugir a um inconveniente sem incorrer em outro e a prudência consiste em saber conhecer a natureza desses inconvenientes e tomar como bom o menos prejudicial."

"... entemdam que não te ofendem dizendo a verdade; mas, quando todos podem dizer-te a verdade, passam a faltar-te com a reverência."

"... Considero seja melhor ser impetuoso do que dotado de cautela, porque a fortuna é mulher e conseqüentemente se torna necessário, querendo domina-la, bater-lhe e contraria-la; e ela mais se deixa vencer por êstes do que por aquêles que procedem friamente. A sorte, porém, como mulher, sempre é amiga dos jovens, porque são menos cautelosos, mais afoitos e com maior audácia a dominam."

"... dos homens pode-se dizer, geralmente, que são ingratos, volúveis, simuladores, tementes do perigo, ambiciosos de ganho...

"A observação é a base para o conhecimento científico e filosófico.

"... a guerra não se evita mas apenas se adia em benefício dos outros..."

"... quem é causa do poderio de alguém arruína-se, porque êsse poder resulta ou da astúcia ou da força e ambas são suspeitas para aquele que se tornou poderoso."

"Conservar uma conquista, nem sempre resulta da muita ou pouca virtude do conquistador, mas sim da diversidade de forma do objeto da conquista."

"O fim justifica os meios."

 
29              
  Do Cativeiro Babilônico da Igreja  
  Martinho Lutero  
 

Do Cativeiro Babilônico da Igreja, de outubro de 1520, foi o segundo dos três grandes tratados publicados por Martinho Lutero em 1520, logo após "À Nobreza Cristã da Nação Alemã" (agosto) e antes de "Sobre a Liberdade do Cristão" (novembro). Trata-se de um tratado teológico e, como tal, foi publicado em latim e depois traduzido para o alemão.

O tom da obra é irado e é um ataque direto ao papado. Embora Lutero tenha esbarrado no tema em "À Nobreza Cristã...", esta foi a primeira vez que ele acusou diretamente o papa de ser Anticristo. Sua publicação marcou uma radicalização do discurso de Lutero, que apenas um ano antes havia defendido a validade dos sacramentos e agora passou a atacá-los. No decorrer do texto ele examina os sete sacramentos da Igreja Católica à luz de sua interpretação da Bíblia.

 
30              
  Das revoluções das esferas celestes  
  Nicolau Copérnico  
 

De revolutionibus orbium coelestium é o nome original em latim do livro Das revoluções das esferas celestes, do astrônomo polonês Nikolaus Koppernik (1473 — 1543), mais conhecido pelo nome latinizado Nicolau Copérnico, publicado em 24 de maio de 1543 em Nuremberga. É uma das obras mais importantes do período do Renascimento e um marco da Revolução Científica.

O livro marcou o começo de uma mudança de um universo geocêntrico, ou antropocêntrico, com a Terra em seu centro. Copérnico acreditava que a Terra era apenas mais um planeta que concluía uma órbita em torno de um sol fixo todo ano e que girava em torno de seu eixo todo dia. Ele chegou a essa correta explicação do conhecimento de outros planetas e explicou a origem dos equinócios corretamente, através da vagarosa mudança da posição do eixo rotacional da Terra. Ele também deu uma clara explicação da causa das estações: O eixo de rotação da terra não é perpendicular ao plano de sua órbita.

 
31              
  Os Lusíadas  
  Luís de Camões  
 

Os Lusíadas é uma obra de poesia épica do escritor português Luís Vaz de Camões, a primeira epopeia portuguesa publicada em versão impressa. Provavelmente iniciada em 1556 e concluída em 1571, foi publicada em Lisboa em 1572 no período literário do Classicismo, ou Renascimento tardio, três anos após o regresso do autor do Oriente, via Moçambique.

A obra é composta por dez cantos, 1 102 estrofes e 8 816 versos em oitavas decassilábicas, sujeitas ao esquema rímico fixo AB AB AB CC – oitava rima real, ou camoniana. A ação central é a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, à volta da qual se vão evocando outros episódios da história de Portugal, glorificado o povo português.

 
32              
  Romeu e Julieta  
  William Shakespeare  
 

Romeu e Julieta é uma tragédia escrita entre 1591 e 1595, nos primórdios da carreira literária de William Shakespeare, sobre dois adolescentes cuja morte acaba unindo suas famílias, outrora em pé de guerra. A peça ficou entre as mais populares na época de Shakespeare e, ao lado de Hamlet, é uma das suas obras mais levadas aos palcos do mundo inteiro. Hoje, o relacionamento dos dois jovens é considerado como o arquétipo do amor juvenil.

A estrutura dramática usada por Shakespeare—especialmente os efeitos de genéricos como a comutação entre comédia e tragédia para aumentar a tensão; o foco em personagens mais secundários e a utilização de sub-enredos para embelezar a história—tem sido elogiada como um sinal precoce de sua habilidade dramática e maturidade artística. Além disso, a peça atribui distintas formas poéticas aos personagens para mostrar que eles evoluem; Romeu, por exemplo, fica mais versado nos sonetos à medida que a trama segue.

Em mais de cinco séculos de realização, Romeu e Julieta tem sido adaptada nos infinitos campos e áreas do teatro, cinema, música e literatura.

 
33              
  Dom Quixote  
  Miguel de Cervantes  
 

Dom Quixote de la Mancha é um livro escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes (1547-1616). O título e ortografia originais eram El ingenioso hidalgo Don Quixote de La Mancha, com sua primeira edição publicada em Madrid no ano de 1605.

O protagonista da obra é Dom Quixote, um pequeno fidalgo castelhano que perdeu a razão por muita leitura de romances de cavalaria e pretende imitar seus heróis preferidos. O romance narra as suas aventuras em companhia de Sancho Pança, seu fiel amigo e companheiro, que tem uma visão mais realista. A ação gira em torno das três incursões da dupla por terras da Mancha, de Aragão e da Catalunha. Nessas incursões, ele se envolve em uma série de aventuras, mas suas fantasias são sempre desmentidas pela dura realidade. O efeito é altamente humorístico. O encanto da obra nasce do descompasso entre o idealismo do protagonista e a realidade na qual ele atua. Cem anos antes, Quixote teria sido um herói a mais nas crônicas ou romances de cavalaria, mas ele havia se enganado de século. Sua loucura residia no anacronismo. Isso permitiu ao autor fazer uma sátira de sua época, usando a figura de um cavaleiro medieval em plena Idade Moderna para retratar uma Espanha que, após um século de glórias, começava a duvidar de si mesma.

É considerada a grande criação de Cervantes. O livro é um dos primeiros das línguas europeias modernas e é considerado por muitos o expoente máximo da literatura espanhola.

 
34              
  Harmonia do Mundo  
  Johannes Kepler  
 

Harmonices Mundi é um livro publicado em 1619 por Johannes Kepler. No trabalho, Kepler discute a harmonia e a congruência das formas geométricas e dos fenômenos físicos. A última seção do livro relata sua descoberta da então chamada "Terceira Lei" do movimento planetário.

Kepler divide o Harmonia do Mundo em cinco longos capítulos: o primeiro fala de polígonos regulares; o segundo da congruência de figuras; o terceiro da origem das proporções harmônicas na música; o quarto das configurações harmônicas da astrologia; e o quinto da harmonia dos movimentos dos planetas.

Enquanto filósofos medievais falavam metaforicamente da "música das esferas", Kepler descobriu harmonias físicas no movimento planetário. Ele encontrou que a diferença entre as velocidades angulares máxima e mínima de um planeta em sua órbita se aproximam de uma proporção harmônica. Por exemplo, a velocidade angular máxima da Terra medida do Sol varia em um semitom (proporção de 16:15), de mi para fá, em seu apoastro. Venus varia muito pouco, 25:24 (em termos musicais, uma diese).

 
35              
  First Folio  
  William Shakespeare  
 

Mr. William Shakespeares Comedies, Histories, & Tragedies é a primeira coleção publicada das peças teatrais de William Shakespeare. Os estudiosos modernos costumam referir-se a ela como First Folio.

Em 2016 são conhecidos 234 First Folios dos 750 que saíram da tiragem inicial feita por John Hemings e Henry Condell, seis anos após a morte do dramaturgo.

 
36              
  Diálogo sobre os Dois Principais Sistemas do Mundo  
  Galileo Galilei  
 

O Diálogo sobre os dois principais sistemas do mundo é um livro em língua italiana de 1632 de Galileo Galilei que compara o sistema copernicano com o sistema tradicional ptolomaico. Foi traduzido para o latim como Systema cosmicum em 1635 por Matthias Bernegger. O livro foi dedicado ao patrono de Galileu, Ferdinando II de Medici, Grão-duque da Toscana, que recebeu a primeira cópia impressa em 22 de fevereiro de 1632.

No sistema copernicano, a Terra e outros planetas orbitam o Sol, enquanto no sistema ptolomaico tudo no Universo gira em torno da Terra. O Diálogo foi publicado em Florença sob uma licença formal da Inquisição. Em 1633, Galileu foi considerado "veementemente suspeito de heresia" com base no livro, que foi então colocado no Índice de Livros Proibidos, do qual não foi removido até 1835 (depois que as teorias discutidas foram permitidas na impressão em 1822). Em uma ação que não foi anunciada na época, a publicação de qualquer outra coisa que ele tivesse escrito ou pudesse escrever também foi proibida nos países católicos.

 
37              
  Discurso sobre o Método  
  René Descartes  
 

O Discurso sobre o método, por vezes traduzido como Discurso do método, ou ainda Discurso sobre o método para bem conduzir a razão na busca da verdade dentro da ciência, é um tratado matemático e filosófico de René Descartes, publicado em Leiden, Holanda, em 1637. Inicialmente apareceu junto a outros trabalhos seus, Dioptrique, Météores e Géométrie. Uma tradução para o latim foi produzida em 1656 e publicada em Amsterdam.

Constitui, ao lado de Meditações sobre filosofia primeira, Princípios de filosofia e Regras para a direção do espírito, a base da epistemologia do filósofo, sistema que passou a ser conhecido como cartesianismo. O Discurso propõe um modelo quase matemático para conduzir o pensamento humano, uma vez que a matemática tem por característica a certeza, a ausência de dúvidas. De acordo com o próprio Descartes, parte da inspiração de seu método deveu-se a três sonhos ocorridos na noite de 10 para 11 de novembro de 1619: nestes sonhos lhe havia ocorrido "a ideia de um método universal para encontrar a verdade".

Discurso sobre o método foi escrito em vernáculo, de maneira não-doutrinária, pois Descartes tentou popularizar ao máximo os conceitos ali expressos e de maneira não impositiva, mas compartilhada. Em toda a obra permeia a autoridade da razão, conceito banal para o homem moderno, mas um tanto novo para o homem medieval (muito mais acostumado à autoridade eclesiástica). A autoridade dos sentidos também é particularmente rejeitada; o conhecimento significativo, segundo o tratado, só pode ser atingido pela razão, abstraindo-se a distração dos sentidos. Uma das mais conhecidas frases do Discurso é Je pense, donc je suis (citada frequentemente em latim, cogito ergo sum; penso, logo sou): o ato de duvidar como indubitável, e as evidências de "pensar" e "ser" ligadas.

 
38              
  Leviatã  
  Thomas Hobbes  
 

Leviatã ou Matéria, Palavra e Poder de um Governo Eclesiástico e Civil, comumente chamado de Leviatã, é um livro escrito por Thomas Hobbes e publicado em 1651. Ele é intitulado em referência ao Leviatã bíblico. O livro diz respeito à estrutura da sociedade e do governo legítimo, e é considerado como um dos exemplos mais antigos e mais influentes da teoria do contrato social. O editor foi Andrew Crooke, parceiro da Andrew Crooke e William Crooke. Muitas vezes, é considerada uma das obras mais influentes já escritas do pensamento político.

Leviatã é o livro mais famoso do filósofo inglês Thomas Hobbes, publicado em 1651. O seu título se deve ao monstro bíblico Leviatã. O livro, cujo título por extenso é Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil, trata da estrutura da sociedade organizada. Hobbes alega serem os humanos egoístas por natureza. Com essa natureza tenderiam a guerrear entre si, todos contra todos (Bellum omnia omnes). Assim, para não exterminarmo-nos uns aos outros será necessário um contrato social que estabeleça a paz, a qual levará os homens a abdicarem da guerra contra outros homens. Mas, egoístas que são, necessitam de um soberano (Leviatã) que puna aqueles que não obedecem ao contrato social.

 
39              
  Ética  
  Baruch Espinoza  
 

A Ética ou Ética Demonstrada à Maneira dos Geômetras (em latim: Ethica, ordine geometrico demonstrata), geralmente referida apenas como Ética de Spinoza, é considerada a principal obra do filósofo holandês de origem portuguesa Baruch Spinoza. Foi publicada postumamente, em 1677, ano da morte do autor.

A Ética está organizada segundo um método axiomático-dedutivo inspirado na geometria euclidiana visando garantir a certeza dos resultados, embora à custa de uma leitura não especialmente fácil. A obra, sendo vincadamente sistemática, propõe-se tratar todos os campos de investigação da filosofia dividindo-se em cinco partes (sobre Deus, a Mente, as Paixões, a Escravização do Homem em Relação a Estas Paixões e a Possibilidade da sua Libertação Delas) que correspondem a um percurso que partindo das questões mais fundamentais da metafísica, e passando pela teoria do conhecimento, chega por fim à ética com o objectivo preciso de formular uma teoria da felicidade humana.

Desde a sua publicação inicial, a Ética de Spinoza tem influenciado o pensamento e a obra de inúmeros grandes filósofos posteriores até ao presente. Inicialmente, porém, Spinoza sofreu acusações de ser ateu e outros criticismos, principalmente por suas indagações sobre a natureza de Deus. Entretanto, a Ética e as ideias de Spinoza em geral tiveram um papel importante na filosofia europeia subsequente.

 
40              
  Princípios Matemáticos da Filosofia Natural  
  Isaac Newton  
 

Os Princípios Matemáticos da Filosofia Natural (em latim: Philosophiae naturalis principia mathematica, também referido como Principia Mathematica ou simplesmente, Principia) é uma obra de três volumes escrita por Isaac Newton, publicada em 5 de julho de 1687. Newton publicou outras duas edições, em 1713 e 1726.

Provavelmente o livro de ciências naturais de maior influência já publicado, contém as leis de Newton para o movimento dos corpos, fundamentação da mecânica clássica, assim como a lei da gravitação universal. Newton demonstrou as leis de Kepler para o movimento dos planetas (que haviam sido obtidas empiricamente). Na formulação de suas teorias da física, Newton desenvolveu um campo da matemática conhecido como cálculo. Entretanto, a linguagem do cálculo foi deixada de fora do Principia. Em vez de usá-lo, Newton demonstrou a maioria de suas provas com argumentos geométricos.

 
41              
texto
  Ensaio acerca do Entendimento Humano  
  John Locke  
 

"Ensaio acerca do Entendimento Humano" é uma obra literária de John Locke, parte da corrente empirista inglesa. Publicada em 1689, como um dos primeiros "grandes" livros do pensamento empirista, tinha como tema principal a epistemologia, em suma: a origem das ideias. Além disso, seu pensamento constitui uma das fontes principais para o moderno empirismo, na filosofia que o sucede.

 
42              
  As Mil e Uma Noites  
  Vários autores  
 

As Mil e Uma Noites é uma coleção de histórias e contos populares originárias do Médio Oriente e do sul da Ásia e compiladas em língua árabe a partir do século IX. No mundo moderno ocidental, a obra passou a ser amplamente conhecida a partir de uma tradução para o francês realizada em 1704 pelo orientalista Antoine Galland, transformando-se num clássico da literatura mundial.

As histórias que compõem as Mil e uma noites têm várias origens, incluindo o folclore indiano, persa e árabe. Não existe versão definida ou definitiva da obra, uma vez que os antigos manuscritos árabes diferem no número e no conjunto de contos. O que é invariável nas distintas versões é que os contos estão organizados como série de histórias em cadeia narrados por Xerazade, esposa do rei Xariar. Este rei, louco por haver sido traído por sua primeira esposa, desposa uma noiva diferente todas as noites, mandando matá-las na manhã seguinte. Xerazade consegue escapar a esse destino contando histórias maravilhosas sobre diversos temas que captam a curiosidade do rei. Ao amanhecer, Xerazade interrompe cada conto para continuá-lo na noite seguinte, o que a mantém viva ao longo de várias noites - as mil e uma do título - ao fim das quais o rei já se arrependeu de seu comportamento e desistiu de executá-la.

 
43              
  Robinson Crusoe  
  Daniel Defoe  
 

Robinson Crusoe é um romance escrito por Daniel Defoe e publicado originalmente em 1719 no Reino Unido. Epistolar, confessional e didático em seu tom, a obra é a autobiografia fictícia do personagem-título, um náufrago que passou 28 anos em uma remota ilha tropical próxima a Trinidad, encontrando canibais, cativos e revoltosos antes de ser resgatado. O livro foi originalmente publicado na forma de folhetins em The Daily Post, sendo o primeiro romance-folhetim.

No final do século XIX, nenhum livro na história da literatura ocidental tinha mais reimpressões, spin-offs e traduções (até mesmo para idiomas como inuíte, copta e maltês) do que Robinson Crusoe, com quase 700 versões incluindo edições infantis sem texto, apenas com imagens.

 
44              
  Tratado da Natureza Humana  
  David Hume  
 

Tratado da Natureza Humana é considerada pelos especialistas a principal obra do filósofo empirista escocês David Hume, sendo publicada em 1739-1740 e tendo a escrita inicialmente na Inglaterra e posteriormente na França. Alcançou notória importância na história da filosofia, especialmente na filosofia moderna.

Baseado nas observações e do método de raciocínio experimental, Isaac Newton construiu uma sólida visão da natureza física, o que resta fazer agora é aplicar tal método também à natureza humana, ou seja, também ao sujeito, não apenas ao objeto. Trata-se de percorrer esse caminho para fundar a ciência do homem em bases experimentais.

 
45              
  Encyclopédie  
  Jean le Rond d'Alembert e Denis Diderot  
 

Encyclopédie, ou dictionnaire raisonné des sciences, des arts et des métiers foi uma das primeiras enciclopédias que alguma vez existiram, tendo sido publicada na França no século XVIII. Os últimos volumes foram publicados em 1772.

Esta grande obra, compreendendo 35 volumes, 71 818 artigos, e 2 885 ilustrações, foi editada por Jean le Rond d'Alembert e Denis Diderot. D'Alembert deixou o projeto antes do seu término, sendo os últimos volumes obra de Diderot. Muitas das mais notáveis figuras do iluminismo francês contribuíram para a obra, incluindo Voltaire, Rousseau, e Montesquieu.

De acordo com Denis Diderot no artigo "Enciclopédie", o objectivo da obra era "mudar a maneira como as pessoas pensam". Ele e os outros contribuidores defendiam a secularização da aprendizagem, à distância dos jesuítas. Diderot queria incorporar todo o conhecimento do mundo para a obra, e esperava que o texto poderia disseminar todas as informações para as gerações atuais e futuras.

 
46              
  Crítica da Razão Pura  
  Immanuel Kant  
 

A Crítica da Razão Pura é a principal obra de teoria do conhecimento do filósofo Immanuel Kant, cuja primeira edição é de 1781, com alterações substanciais feitas pelo autor em determinadas seções, de 1787. A obra é considerada como um dos mais influentes trabalhos na história da filosofia, e dá início ao chamado idealismo alemão. Kant escreveu a CRP como a primeira de três "Críticas", seguida pela Crítica da Razão Prática (1788) e a Crítica do Juízo (1790).

Neste livro Kant tenta responder a primeira das três questões fundamentais da filosofia: "Que podemos saber? Que devemos fazer? Que nos é lícito esperar?"

Ele distingue duas formas de saber: O conhecimento empírico, que tem a ver com as percepções dos sentidos, isto é, posteriores à experiência. E o conhecimento puro, aquele que não depende dos sentidos, independente da experiência, ou seja, a priori, universal, e necessário. O conhecimento verdadeiro só é possível pela conjunção entre matéria, proveniente dos sentidos, e forma, que são as categorias do entendimento.

 
47              
  As Confissões  
  Jean-Jacques Rousseau  
 

As Confissões é um livro autobiográfico de Jean-Jacques Rousseau. Nos tempos modernos, muitas vezes é publicada com o título As Confissões de Jean-Jacques Rousseau, a fim de distingui-lo de Confissões de Santo Agostinho. Cobrindo os primeiros 53 anos da vida de Rousseau, até 1765, foi concluído em 1769, mas não foi publicado até 1782.

O trabalho de Rousseau é notável como uma das primeiras autobiografias importantes. Antes de As Confissões, as duas grandes autobiografias eram as Confissões do próprio Agostinho e a Vida de si mesma de Santa Teresa. No entanto, ambas as obras enfocaram as experiências religiosas de seus autores; As Confissões foi uma das primeiras autobiografias em que um indivíduo escreveu sobre sua própria vida principalmente em termos de suas experiências mundanas e sentimentos pessoais.

 
48              
  Inquérito acerca da justiça política  
  William Godwin  
 

Enquiry Concerning Political Justice é um livro de William Godwin publicado em 1793 em que o autor argumentava que o governo é uma força corruptora na sociedade perpetuando a dependência e a ignorância mas que seria cada vez mais desnecessário e gradualmente despossuído do poder pela difusão do conhecimento.

Com esta obra, Godwin ficou conhecido como o precursor do pensamento anarquista e das teorias de abolicionismo penal defendidas pelos adeptos deste pensamento.

 
49              
  O Mundo como Vontade e Representação  
  Schopenhauer  
 

O Mundo como Vontade e Representação é a grande obra de Schopenhauer, composta por quatro livros (mais o apêndice da crítica da filosofia kantiana), e publicada em 1819. O primeiro livro é dedicado à teoria do conhecimento (O mundo como representação, primeiro ponto de vista: a representação submetida ao princípio de razão: o objeto da experiência e da ciência); o segundo, à filosofia da natureza (O mundo como vontade, primeiro ponto de vista: a objetivação da vontade); o terceiro, à metafísica do belo ("O mundo como representação, segundo ponto de vista: a representação independente do princípio de razão. A ideia platônica, objeto da arte"); e o último, à ética ("O mundo como vontade, segundo ponto de vista: atingindo o conhecimento de si, afirmação ou negação da vontade"). Toda sua produção posterior pode ser definida como comentários e acréscimos aos temas ali tratados.

 
50              
  Curso de Filosofia Positiva  
  Auguste Comte  
 

O Curso de filosofia positiva foi a principal obra do filósofo e sociólogo francês Augusto Comte, uma das personalidades filosóficas mais célebres do século XIX, que também foi fundador do positivismo. Sua obra trata de responder aos avanços da ciência, propondo que esta servisse para melhorar não apenas a soma do conhecimento humano, mas a sociedade como um todo. Iniciado em 1830, o Curso terminou em 1842, doze anos depois; foi publicado em seis volumes. Seu trabalho reúne precisamente as lições de um curso que o autor deu em 1829 e 1830 no Ateneo Real de Paris.

O conteúdo do Curso, publicado em forma de seis volumes, resume os princípios básicos do positivismo (daí o seu nome) e a teoria dos três estados. O positivismo, escreveu Comte, "reconhece, como regra fundamental, que toda proposição que não seja estritamente redutível ao simples enunciado de um fato, particular ou geral, não pode oferecer nenhum sentido real ou inteligível". O positivismo, ou o "positivo', não é contrário ao "negativo", mas sim que a palavra deriva-se do radical latino "positum" (local, dado). Resumidamente, afirma que na realidade existe uma ordem única com tendência ao progresso indefinido da sociedade.

Esta obra de Comte foi considerada o "romance da ciência" devido aos ideais que sua filosofia sustentava, focados no desenvolvimento das ciências, a fim de reunir todo o conjunto de conhecimento humano, mas sempre através do conhecimento objetivo, nunca pelo ponto de vista de cada pessoa e nem pelas divagações teológicas ou metafísicas.

 
51              
  Enten - Eller  
  Søren Kierkegaard  
 

Enten - Eller (Ou isso, ou aquilo: um fragmento de vida) é um livro de Søren Kierkegaard, publicado pela primeira vez na Dinamarca em 1843.

No original dinamarquês Enten-Eller, é o primeiro livro no qual o jovem Søren Kierkegaard penetra em um dilema vivenciado por ele próprio, quando em profundo amor por Regina, Søren sente que esse romance está condenado desde seu primeiro instante, por culpas alheias, impostas por seu pai, e pela crença de que toda sua família era amaldiçoada – já que seus irmãos morreram todos à idade próxima de 30 anos – e Søren acreditava que ao formar uma família, sua descendência também seria maldita. Søren abdicou de seu amor por Regine Olsen, a quem devotava um sentimento verdadeiro e único, e por sua vez, viveu uma vida de isolamento e introspecção.

Entregue a essa decisão de não ter o amor de Regina, Søren escreve seu primeiro livro, Enten-eller, significando toda sua dúvida em seguir de volta a sua vida pregressa um tanto mundana ou estar trilhando o caminho do próprio ser em uma busca pela integralidade de sua alma e pensamentos, na qual o mundo seria sua eterna escola em direção ao ser individual. Uma busca que demonstra o seu ser melancólico, em eterno conflito com um mundo de seduções e amores e o outro lado da vida, onde a beleza está em ser inteiro, buscando a Deus e a compreensão do próprio ser em relação à Criação.

 
52              
  Os Três Mosqueteiros  
  Alexandre Dumas  
 

Os Três Mosqueteiros é um romance histórico escrito pelo francês Alexandre Dumas. Inicialmente publicado como folhetim no jornal Le Siècle de março a julho de 1844, foi posteriormente lançado como livro, ainda em 1844, pelas Edições Baudry, e reeditado em 1846 por J. B. Fellens e L. P. Dufour com ilustrações de Vivant Beaucé.

É o volume inicial de uma trilogia, com base nos importantes factos do século XVII francês: dos reinados dos reis Luís XIII e Luís XIV e da Regência que se instaurou entre os dois governos.

Este livro conta a história de um jovem de 20 anos, proveniente da Gasconha, D'Artagnan, que vai a Paris buscando se tornar membro do corpo de elite dos guardas do rei, os mosqueteiros do Rei. Chegando lá, após acontecimentos similares, ele conhece três mosqueteiros chamados "os inseparáveis": Athos, Porthos e Aramis. Juntos, os quatro enfrentaram grandes aventuras a serviço do rei da França, Luís XIII, e principalmente, da rainha, Ana de Áustria.

 
53              
  A Desobediência Civil  
  Henry David Thoreau  
 

A Desobediência Civil é um ensaio escrito por Henry David Thoreau em 1849.

Thoreau escreveu o livro após ter sido preso por não pagar seus impostos, que ele se negou a pagar porque financiavam a guerra contra o México, que na época teve grande parte de seu território anexado pelos EUA.

De caráter anarquista e libertário, a obra inspirou Mahatma Gandhi, Leon Tolstói, Martin Luther King Jr. e o movimento hippie, além de algumas tendências anarquistas.

 
54              
  A Origem das Espécies  
  Charles Darwin  
 

A Origem das Espécies é uma obra de literatura científica escrita por Charles Darwin, que é considerada a base da biologia evolutiva. Publicado em 24 de novembro de 1859, ele introduziu a teoria científica de que as formas de vida evoluem ao longo das gerações por meio de um processo de seleção natural. O livro apresentou evidências de que a diversificação das formas de vida resulta de uma ascendência comum, que evoluiu por meio de um padrão ramificado. Darwin incluiu evidências que havia coletado na expedição Beagle na década de 1830 e também suas descobertas subsequentes por meio de pesquisa, comparação e experimentação.

O livro foi escrito para leitores não especialistas e atraiu amplo interesse após a sua publicação. Como Darwin era um cientista eminente, suas descobertas foram levadas a sério e as evidências que apresentou geraram discussões científicas, filosóficas e religiosas.

 
55              
  Experimentos na hibridização de plantas  
  Mendel  
 

Escrito em 1865 por Gregor Mendel, Versuche über Pflanzen-Hybriden (do alemão, tradução livre: Experimentos na hibridização de plantas) foi o resultado de anos de investigação de caracteres genéticos em ervilheiras. Mendel apresentou o seu trabalho à Sociedade de História Natural de Brunn, na Boémia. O estudo foi posteriormente publicado na Proceedings of the Natural History Society em 1866.

Este trabalho experimental foi desenvolvido entre 1856 e 1863. Para o executar, Mendel utilizou e testou cerca de 28.000 ervilheiras. Nesta obra, Mendel fez a comparação de sete caracteres distintos.

Através da experimentação, Mendel descobriu que um caracter hereditário seria invariavelmente dominante em relação ao outro caracter (recessivo). Este modelo, conhecido como hereditariedade mendeliana, providenciou uma alternativa para as teorias prevalentes nessa época.

 
56              
  Moby Dick  
  Herman Melville  
 

Moby Dick é um romance do escritor estadunidense Herman Melville, sobre um cachalote (grande animal marinho) de cor branca que foi perseguido, e mesmo ferido várias vezes por baleeiros, conseguiu se defender e destruí-los, nas aventuras narradas pelo marinheiro Ishmael junto com o Capitão Ahab e o primeiro imediato Starbuck a bordo do baleeiro Pequod. Originalmente foi publicado em três fascículos com o título "Moby-Dick, A Baleia" em Londres e em Nova York em 1851.

O livro foi revolucionário para a época, com descrições intrincadas e imaginativas do personagem-narrador, suas reflexões pessoais e grandes trechos de não-ficção, sobre variados assuntos, como baleias, métodos de caça a elas, arpões, a cor do animal, detalhes sobre as embarcações, funcionamentos e armazenamento de produtos extraídos das baleias.

O romance foi inspirado no naufrágio do navio Essex, comandado pelo capitão George Pollard, que perseguiu teimosamente uma baleia e ao tentar destruí-la, afundou. Outra fonte de inspiração foi o cachalote albino Mocha Dick, supostamente morta na década de 1830 ao largo da ilha chilena de Mocha, que se defendia dos navios que a perturbavam com premeditada ferocidade.

 
57              
  Guerra e Paz  
  Liev Tolstói  
 

Guerra e Paz é um romance histórico escrito pelo autor russo Liev Tolstói e publicado entre 1865 e 1869 no Russkii Vestnik, um periódico da época. É uma das obras mais volumosas da história da literatura universal. O livro narra a história da Rússia à época de Napoleão Bonaparte (notadamente as guerras napoleônicas na Rússia). A riqueza e realismo de seus detalhes assim como suas numerosas descrições psicológicas fazem com que seja considerado um dos maiores livros da História da Literatura.

A novela conta a história de cinco famílias aristocráticas, particularmente os Bezukhovs, os Bolkonskys e os Rostovs, e o vínculo de suas vidas pessoais com a História de 1805–1813, principalmente com a invasão da Rússia por Napoleão em 1812. Como dito acima, Tolstói nega sistematicamente a seus personagens qualquer livre arbítrio significativo: o curso da história tanto pode determinar a felicidade quanto a tragédia.

 
58              
  Viagem ao Centro da Terra  
  Júlio Verne  
 

Viagem ao Centro Da Terra é um livro de ficção científica, de autoria do escritor francês Júlio Verne, lançado em 1864 e considerado como um dos clássicos do gênero. Uma obra que leva o leitor dentro de uma emocionante aventura narrada em primeira pessoa por Axel, um garoto que participa do percurso ao centro da terra, realizado graças a um manuscrito decifrado pelo próprio. O volume é um exemplo de como um escritor pode transitar pelo real e pelo ficcional de forma muito bem estruturada e, com isso, deixar solto para o leitor pensar no que pode acontecer na realidade. O trabalho de Verne foi digno por discutir em seus livros certos assuntos científicos, os quais ainda não se sabiam em sua época.

 
59              
  Alice no País das Maravilhas  
  Lewis Carroll  
 

As Aventuras de Alice no País das Maravilhas, frequentemente abreviado para Alice no País das Maravilhas é a obra infantil mais conhecida de Charles Lutwidge Dodgson, publicada a 4 de julho de 1865 sob o pseudônimo de Lewis Carroll. É uma das obras mais célebres do gênero literário nonsense.

O livro conta a história de uma menina chamada Alice que cai numa toca de coelho que a transporta para um lugar fantástico povoado por criaturas peculiares e antropomórficas, revelando uma lógica do absurdo, característica dos sonhos. Este está repleto de alusões satíricas dirigidas tanto aos amigos como aos inimigos de Carroll, de paródias a poemas populares infantis ingleses ensinados no século XIX e também de referências linguísticas e matemáticas frequentemente através de enigmas que contribuíram para a sua popularidade. É assim uma obra de difícil interpretação pois contém dois livros num só texto: um para crianças e outro para adultos.

Este livro possui uma continuação Alice do Outro Lado do Espelho

 
60              
  Tratado sobre Electricidade e Magnetismo  
  James Clerk Maxwell  
 

A Treatise on Electricity and Magnetism é um tratado de dois volumes sobre eletromagnetismo escrito por James Clerk Maxwell em 1873. Maxwell estava revisando o Tratado para uma segunda edição quando morreu em 1879. A revisão foi concluída por William Davidson Niven para publicação em 1881. Uma terceira edição foi preparada por J.J. Thomson para publicação em 1892.

 
61              
  As Aventuras de Huckleberry Finn  
  Mark Twain  
 

As Aventuras de Huckleberry Finn é um romance do escritor norte-americano Mark Twain, publicado em 1884. Nele, o protagonista, amigo de Tom Sawyer, vive inúmeras aventuras pelo rio Mississippi em uma balsa.

 
62              
  Assim Falou Zaratustra  
  Friedrich Nietzsche  
 

Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém (em alemão: Also sprach Zarathustra: Ein Buch für Alle und Keinen) é um livro escrito entre 1883 e 1885 pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche, que influenciou significativamente o mundo moderno. O livro foi escrito originalmente como três volumes separados em um período de vários anos. Depois, Nietzsche decidiu escrever outros três volumes, mas apenas conseguiu terminar um, elevando o número total de volumes para quatro. Após a morte de Nietzsche, ele foi impresso em um único volume.

O livro narra as andanças e ensinamentos de um filósofo, que se autonomeou Zaratustra após a fundação do Zoroastrismo na antiga Pérsia. Para explorar muitas das ideias de Nietzsche, o livro usa uma forma poética e fictícia, frequentemente satirizando o Velho e Novo Testamento.

O centro de Zaratustra é a noção de que os seres humanos são uma forma transicional entre macacos e o que Nietzsche chamou de Übermensch, literalmente "além-do-homem", normalmente traduzido como "super-homem".

Amplamente baseado em episódios, as histórias em Zaratustra podem ser lidas em qualquer ordem. Zaratustra contém a famosa frase "Deus está morto" (em alemão: Gott ist tot), embora essa também tenha aparecido anteriormente no livro A Gaia Ciência, de Nietszche, e, antes ainda, em diversas obras de Georg Hegel.

Os dois volumes finais não terminados do livro foram planejados para retratar o trabalho missionário de Zaratustra e sua morte.

 
63              
  Em Busca do Tempo Perdido  
  Marcel Proust  
 

Em busca do tempo perdido é uma obra romanesca de Marcel Proust escrita entre 1908-1909 e 1922, publicada entre 1913 e 1927 em sete volumes, os três últimos postumamente.

Pelas suas ambições (alcançar a substância do tempo para poder se subtrair de sua lei, a fim de tentar apreender, pela escrita, a essência de uma realidade escondida no inconsciente “recriada pelo nosso pensamento”), sua desproporção (quase 3500 páginas na coleção de bolso), e sua influência em trabalhos literários e nas pesquisas a vir (Proust é considerado como o primeiro autor clássico de seu tempo), "Em busca do tempo perdido" se classifica entre as maiores obras da literatura universal.

Uma tradução brasileira hoje clássica de Mário Quintana (Volumes 1 a 4), Manuel Bandeira e Lourdes Sousa de Alencar (Volume 5), Carlos Drummond de Andrade (Volume 6) e Lúcia Miguel Pereira (Volume 7) foi editada pela Livraria do Globo de Porto Alegre, o primeiro volume em 1948, o segundo em 1951 e os demais durante a década de 1950. Outra tradução brasileira mais recente, do poeta Fernando Py, com base na edição francesa definitiva da Gallimard de 1987, foi lançada em 1992 em três volumes pela Ediouro. Uma das traduções portuguesas é de Pedro Tamen, pela editora Relógio d'Água e Círculo de Leitores de Lisboa, entre 2003 e 2004.

 
64              
  Tratado de Sociologia Geral  
  Vilfredo Pareto  
 

Tratado de Sociologia Geral (em italiano: Trattato di Sociologia Generale) é um livro de 1916 do sociólogo e economista italiano Vilfredo Pareto (1848-1923). Neste livro, Pareto apresenta a primeira teoria dos ciclos sociológicos, centrada no conceito de uma classe social de elite.

Trattato di Sociologia Generale foi considerado um dos livros mais influentes já escritos por Martin Seymour-Smith. A edição em inglês foi publicada em 1935. Uma versão resumida, Compendio di Sociologia Generale, foi publicada em italiano em 1920.

O livro caracteriza os atos humanos como em sua maioria 'não lógicos': não conduzem a nenhum objetivo pretendido. No entanto, ele observa como as pessoas tentam explicar a conduta não lógica como lógica, levando a várias teorias. O autor identifica categorias de tendências instintivas por trás de tais teorias, como 'combinações' (síntese criativa) e 'persistências de grupo' (preconceitos), bem como suas racionalizações. Ele então divide a classe social de elite em dois grupos: os promotores radicais da mudança (astutas 'raposas' caracterizadas por 'combinações') e os defensores conservadores do status quo ('leões' violentos caracterizados por 'persistências de grupo'). Em sua opinião, a prosperidade de uma sociedade é influenciada por sua proporção de 'raposas' para 'leões', e o poder passa constantemente de 'raposas' para 'leões', circulando na elite, então de volta para 'raposas'.

 
65              
  A Montanha Mágica  
  Thomas Mann  
 

A Montanha Mágica é um livro escrito por Thomas Mann em 1924. Um dos romances mais influentes da literatura mundial do século XX, foi importante para a conquista do Prêmio Nobel de Literatura em 1929 por Mann.

a obra trata da história de um jovem estudante de engenharia naval, alemão de Hamburgo, chamado Hans Castorp. Ele visita o primo Joachim Ziemssen num sanatório destinado ao tratamento de doenças respiratórias localizado em Davos, nos Alpes suíços, pouco antes do começo da Primeira Guerra Mundial. Apesar de ser encaminhado ao sanatório apenas para uma visita e para tratar uma anemia, Hans Castorp vai aos poucos mostrando sinais de que tem tuberculose pulmonar e acaba estendendo sua visita ao sanatório por meses e anos, pois sua saída é sempre adiada por causa da doença.

Nesse período, Castorp, pouco a pouco, afasta-se da vida "na planície" e conquista o que chama de liberdade da vida normal. Desliga-se do tempo, da carreira e da família e é atraído pela doença, pela introspecção e pela morte. Ao mesmo tempo, amadurece e trava contato mais profundo com a política, a arte, a cultura, a religião, a filosofia, a fragilidade humana (incluindo a morte e o suicídio), o caráter subjetivo do tempo (um dos temas mais importantes da obra) e o amor.

 
66              
  Admirável Mundo Novo  
  Aldous Huxley  
 

Admirável Mundo Novo é um romance escrito por Aldous Huxley e publicado em 1932. A história se passa em Londres no ano 2540 (632 DF - "Depois de Ford" - no livro), o romance antecipa desenvolvimentos em tecnologia reprodutiva, hipnopedia, manipulação psicológica e condicionamento clássico, que se combinam para mudar profundamente a sociedade.

Em 1999, a Modern Library classificou o Admirável Mundo Novo quinto em sua lista dos 100 melhores romances de língua inglesa do século XX.

 
67              
  A Interpretação dos Sonhos  
  Sigmund Freud  
 

A Interpretação dos Sonhos, publicado em 1899 com a data 1900, é um livro de Sigmund Freud que aborda, na época da publicação de uma forma inovadora, os processos inconscientes, pré-conscientes e conscientes envolvidos nos sonhos, incluindo sonhar, recordar e relatar o sonho. O livro explica o argumento para postular o novo modelo do inconsciente e desenvolve um método para conseguir acesso ao mesmo, tomando elementos de suas experiências prévias com as técnicas de hipnose e com o tratamento da histeria através da técnica de associação livre, isto é, o paciente fala o que lhe ocorre no momento. Essa técnica foi transposta para as associações em relação ao conteúdo do sonho.

 
68              
  Tipos Psicológicos  
  Carl Jung  
 

Tipos Psicológicos é um livro de Carl Jung que foi originalmente publicado em alemão por Rascher Verlag em 1921, e traduzido para o inglês em 1923, tornando-se o volume 6 de The Collected Works of CG Jung.

No livro, Jung propõe quatro funções principais da consciência: duas funções de percepção ou não racionais (Sensação e Intuição) e duas funções de julgamento ou racionais (Pensamento e Sentimento). Essas funções são modificadas por dois tipos principais de atitude: extroversão e introversão.

Jung propõe que a função dominante, junto com a atitude dominante, caracteriza a consciência, enquanto seu oposto é reprimido e caracteriza o inconsciente. Com base nisso, os oito tipos psicológicos marcantes são: Sensação extrovertida / Sensação introvertida; Intuição extrovertida / intuição introvertida; Pensamento extrovertido / Pensamento introvertido; e Sentimento extrovertido / sentimento introvertido. Jung, como tal, descreve em detalhes os efeitos das tensões entre os complexos associados às funções de diferenciação dominante e inferior em tipos altamente e até extremamente unilaterais.

O interesse de Jung pela tipologia surgiu de seu desejo de reconciliar as teorias de Sigmund Freud e Alfred Adler e de definir como sua própria perspectiva diferia da deles.

 
69              
  O Pequeno Príncipe  
  Antoine de Saint-Exupéry  
 

Le Petit Prince é uma novela do escritor, aviador aristocrata francês Antoine de Saint-Exupéry, originalmente publicada em inglês e francês em abril de 1943 nos Estados Unidos.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Saint-Exupéry foi exilado para a América do Norte. Em meio a turbulências pessoais e sua saúde falhando, ele produziu quase metade das obras no qual ele seria lembrado, incluindo o conto de solidão, amizade, amor e perda, em forma de um jovem príncipe que caiu na Terra. Um livro de memórias feita pelo autor que recontava suas experiências de aviação no deserto do Saara, e é pensado que ele usou estas experiências como base para o livro Le Petit Prince.

Se trata de uma das obras literárias mais traduzidas no mundo, tendo sido publicado em mais de 220 idiomas e dialetos. O autor do livro foi também autor das ilustrações originais. Em Portugal, O Principezinho integra o conjunto de obras sugeridas para leitura integral, na disciplina de Língua Portuguesa, no 2º Ciclo do Ensino Básico.

 
70              
  O Ser e o Nada  
  Jean-Paul Sartre  
 

L'être et le néant: Essai d'ontologie phénoménologique é um tratado filosófico de 1943 escrito por Jean-Paul Sartre que é tido como marco para o início do crescimento do existencialismo no século XX.

Seu foco principal é definir a consciência como transcendente. Muito influenciado pelo Ser e tempo de Martin Heidegger ainda que Sartre fosse extremamente cético a qualquer medida através da qual a humanidade pudesse atingir um estado de completude comparável ao hipotético re-encontro heideggeriano com o Ser.

 
71              
  O Caminho da Servidão  
  Friedrich Hayek  
 

O Caminho da Servidão (em inglês: The Road to Serfdom) ou O Caminho para a Servidão é um livro escrito por Friedrich Hayek, vencedor do prêmio Nobel de Economia de 1974, destacando-se como uma das obras de referência na defesa do liberalismo clássico ou liberalismo económico.

O livro é considerado um dos 100 Livros Que mais Influenciaram a Humanidade.

A tese central de Hayek é que todas as formas de coletivismo, seja o nazismo ou o socialismo, levam inevitavelmente à tirania e à supressão das liberdades, conforme já se evidenciava à época pelos exemplos da Alemanha Nazista, da União Soviética, e dos demais países do bloco comunista.

 
72              
  Cibernética  
  Norbert Wiener  
 

Cybernética: Ou Controle e Comunicação no Animal e na Máquina é um livro escrito por Norbert Wiener e publicado em 1948 nos EUA.

É considerada a primeira referência do uso da palavra Cibernética para designar o mecanismo de retroalimentação (feedback). O livro estabeleceu os fundamentos teóricos para entendimento do controle em sistemas eletroeletrônicos, mecânicos e mesmo orgânicos.

Na segunda edição, de 1961, foram corrigidas falhas e incluídos dois novos capítulos.

O impacto do livro inspirou Wiener a escrever sobre as questões sociais e políticas levantadas em Cibernética para o leitor leigo, resultando no livro Cibernética e Sociedade publicado em 1967.

Cibernética é um livro com uma longa antevisão dos desenvolvimentos da humanidade desde sua publicação; a própria palavra cibernética passou a ter um sentido amplo que transcendeu o que o autor inicialmente concebeu.

 
73              
  O significado da relatividade  
  Albert Einstein  
 

Teoria da Relatividade é um conjunto de estudos feitos pelo físico alemão Albert Einstein, que definem uma relação entre o espaço e o tempo, sendo ambos de caráter relativo e não estático.

Resumidamente, a Teoria da Relatividade afirma que o tempo não é igual para todos, podendo variar de acordo com a velocidade, a gravidade e o espaço.

A Teoria da Relatividade de Einstein é formada pela junção de duas outras teorias: a da Relatividade Restrita ou Especial (publicada pela primeira vez em 1905) e da Relatividade Geral (em 1915).

A principal ideia da Relatividade Restrita é que a velocidade da luz é uma constante igual para todo o universo. Este conceito também afirma que o espaço e o tempo não são grandezas absolutas, mas totalmente subjetivas.

Entre os seus principais pressupostos, a teoria da Relatividade Geral afirma que a gravidade nada mais é do que a distorção que determinada massa provoca no “tecido” do espaço.

Quando determinado objeto se movimenta a grande velocidade pelo espaço, criam-se as chamadas Ondas Gravitacionais.

Saiba mais sobre o significado das Ondas Gravitacionais.

Um exemplo bastante famoso e que ajuda a esclarecer alguns dos princípios da Teoria da Relatividade é o Paradoxo dos Gêmeos.

Este exemplo descreve dois irmãos gêmeos na Terra, sendo que um deles é posto numa aeronave em direção a um local distante na galáxia e viajando na velocidade da luz, enquanto o outro permanece no planeta.

Quando regressar à Terra, o irmão que viajou estará muitos anos mais jovem do que o outro.

O tempo passa mais rápido quando um corpo permanece em inércia, no entanto, este tempo vai diminuindo proporcionalmente a velocidade que determinado objeto se move.

Quando se atinge a velocidade da luz (aproximadamente 1,07 bilhão de Km/h), o tempo simplesmente deixa de passar.

 
74              
  Mil Novecentos e Oitenta e Quatro  
  George Orwell  
 

Mil Novecentos e Oitenta e Quatro, muitas vezes publicado como 1984, é um romance distópico da autoria do escritor britânico George Orwell e publicado em 1949. O romance é ambientado na "Pista de Pouso Número 1" (anteriormente conhecida como Grã-Bretanha), uma província do superestado da Oceania, em um mundo de guerra perpétua, vigilância governamental onipresente e manipulação pública e histórica. Os habitantes deste superestado são ditados por um regime político totalitário eufemisticamente chamado de "Socialismo Inglês", encurtado para "Ingsoc" na novilíngua (também chamada de “novafala”), a linguagem inventada pelo governo. O superestado está sob o controle da elite privilegiada do Partido Interno, um partido e um governo que perseguem o individualismo e a liberdade de expressão como "crime de pensamento", que é aplicado pela "Polícia do Pensamento".

Como ficção política literária e ficção científica distópica, Nineteen Eighty-Four é um romance clássico em conteúdo, trama e estilo.

Em 2005, o romance foi escolhido pela revista Time como um dos 100 melhores romances da língua inglesa de 1923 a 2005.

 
75              
  A Estrutura das Revoluções Científicas  
  Thomas Kuhn  
 

A Estrutura das Revoluções Científicas é um livro sobre a história da ciência publicado no ano de 1962 pelo filósofo Thomas Kuhn. Sua publicação estabelece um marco para as disciplinas da história, filosofia e sociologia do conhecimento, popularizando os termos paradigma e mudança de paradigma. Kuhn desafiou ideia estabelecida (até então) do progresso científico como uma acumulação de fatos e teorias. Ele argumentou que períodos de continuidade de uma ciência normal são interrompidos por períodos revolucionários, cujas anomalias geram novos paradigmas que questionam os anteriores, levando a pesquisa científica a novos caminhos.

 
76              
  Relatos de Belzebu a seu Neto  
  G. I. Gurdjieff  
 

Relatos de Belzebu a seu Neto é o primeiro volume do tudo e todos trilogia escrita pelo grego-georgiano místico G. I. Gurdjieff. A trilogia Do Todo e de Tudo também inclui Encontro com Homens Notáveis (publicado pela primeira vez em 1963) e A vida só é real quando "Eu Sou" (publicado pela primeira vez em privado em 1974).

Os Relatos de Belzebu usam o dispositivo de enquadramento das reflexões de um extraterrestre conhecido como Belzebu (que compartilha um nome com o demônio de mesmo nome, para seu neto Hassein, enquanto viajam pelo espaço em direção ao planeta natal de Belzebu, Karatas, na nave Karnak . Belzebu relata suas aventuras e sofrimentos entre os "seres de três cérebros" (humanos) do planeta Terra. Belzebu detalha a história, os costumes e a psicologia da humanidade e relata a teoria esotérica por trás do funcionamento do universo.

 
77              
  O Livro Vermelho  
  Mao Tsé-Tung  
 

Citações do Presidente Mao Tsé-Tung, é uma coletânea de citações do presidente da República Popular da China Mao Tsé-Tung, com o intuito de difundir o seu pensamento e educar ideologicamente a sociedade chinesa. Foi organizado por Lin Piao, ministro da Defesa de Mao. O livro possui 33 capítulos. Os seus tópicos abordam a ideologia de Mao, conhecido no Ocidente como Maoismo ou, oficialmente, como "Pensamento de Mao Tsé-Tung". Inicialmente publicado na China, teve distribuição internacional após abril de 1964.

A distribuição subsidiada deste livro pelo governo comunista chinês fez com que O Livro Vermelho se tornasse o segundo livro mais vendido na história, atrás apenas da Bíblia, tendo aproximadamente 900 milhões de cópias impressas.[carece de fontes] A popularidade do livro está ligada ao fato de que é uma exigência "não-oficial" para todo cidadão chinês possuir o livro, exigência essa que se fez notar especialmente durante a Revolução Cultural.

Durante a Revolução Cultural, o livro passou a ser estudado não só nas escolas mas também a sua leitura era exigida no mercado de trabalho. Todas os setores da sociedade, como a indústria, o comércio, a agricultura, a administração civil e, nos setores militares, onde eram organizadas sessões de leitura do livro durante várias horas por dia, no trabalho.

 
78              
  O macaco nu  
  Desmond Morris  
  O Macaco Nu é o título de um livro de Desmond Morris publicado em 1967 que descreve a espécie humana através de uma perspectiva etologista, ou seja, como a que é geralmente adoptada à descrição do comportamento das outras espécies animais.  
79              
  Confesso que Vivi  
  Pablo Neruda  
 

Confieso que he vivido é um livro de cariz autobiográfico, escrito ao longo de vários anos pelo autor chileno Pablo Neruda, e publicado postumamente no ano de 1974.

Ao longo de 340 páginas, o laureado com o Prêmio Nobel da Literatura de 1971 descreve o trajecto da sua vida, recorrendo a uma prosa salpicada de imagens poéticas que prende facilmente a atenção do leitor. A obra divide-se em diversos capítulos correspondentes a outras tantas fases da vida do poeta.

 
80              
  Dic. de Ciências Ocultas  
  desconhecido  
  Egrégoro
Forma astral gerada por uma coletividade... e da formação do ser coletivo "- Egrégoro.

Ego
O Eu superior... O ego é aquilo que sempre se afirma em nós quando dizemos: eu sou, eu faço, eu penso..."

Díada
Par ou dois, bem e mal. Todavia, devemos não nos esquecer que a dualidade só existe na manifestação e, na essencia a unidade é perfeita. do grego dyás, par ou dois.

Brahma
Designa do esoterismo Búdico, o estado relativo, dualista, finito, condicionado, determinado onde tudo existe, por que todas as virtualidades entraram em efetivação.

Boddhi
"conhecimento... , o homem no estado radiante.."

Aziluth
O universo no seu conjunto visivel e invisivel, palavra hebraica e usado pelos cabalistas.

Humanidade
Cérebro da terra no sistema cabalistico e oculto

Homem
uno em essencia, triplice em substância... tresprincípios: alma ou espírito, vida ou mediador plastico e o corpo. Hê Vô Hê Aquele que foi, que é e que ha de ser. (Schem Hamphorasch) Unidade: é o atributo do absoluto

Binário:
Dois é o antagonismo, e a imobilidade momentânea, quando as forças são iguais; mas é a luta, o princípio do movimento... a vida

Ternário:
Três é Deus (vida, verbo, luz) - não é a substância nem a inteligência, senão o resultado da sua união... é o movimento que forma o equilíbrio...

Quaternàrio:
Quatro é a estabilidade, a harmonia... o número quatro encerra os quatro elementos.Os quatro pontos cardeais... é a imagem da Terra... 1+2+3+4=10..

Cinco:
é o espirito dominando os quatro elementos... O nome de Jesus (cinco letras - i,é,ch,u,a)

Seis:
representa duas vezes três; é portanto a imagem das relações que exixtem entre Céu Terra

Sete:
número universal e absoluto pois encerra em si o quaternario, o terciario, o quinario e o binario... o número sete esta no arco-iris, na escala musical, nos sacramentos, nas virtudes...

Oito:
é a balança universal das coisas, é a harmonia dentro da analogia dos contrarios.

Nove:
é o triângulo do ternario, a base de toda a razão, o sentido de todo o verbo...
 
81              
  A Agressão Humana  
  Anthony Storr  
  " ...Quando uma criança se rebela contra a autoridade, está sendo agressiva, mas também está manifestando um impulso para a independência, que é parte necessária e valiosa para o crescimento..." (nos animais)"... A agressividade controlada... é uma característica valiosa de sobrevivência, porquanto ela garante a proteção do grupo e a sua coesão." "

... De todas as convenções desenvolvidas pela natureza, a de substituir a competição por alimento pela competição por território é a mais engenhosa." "

...Não pode haver dúvidas que o homem também é um animal territorial...

...A presença de um estranho no jardim geralmente é considerada como uma ameaça ou, pelo menos, como uma circustância que exige investigação..." "

... A grande maioria das lutas entre animais são testes ritualizados de força, e não batalhas perigosas. Muitas espécies desenvolveram gestos de pacificação que têm o efeito de inibir o ataque subsequente por parte do animal mais forte...

... Nosso costume de apertar mãos é um ritual comparável, pois, por meio deles estamos demonstrando não trazer qualquer arma.

... contudo, o que é mais fascinante ainda é que esses gestos realmente se tornam a base da formação de laços entre grupos de animais." Existe uma relação muito forte entre dependência e agressão. Qualquer disturbio à dependência ou independência do filho resultará em adultos traumáticos. Crescer e dominar a vida é caracteristica de toda matéria viva. "Embora indefeso e dependente, o bebê tem dentro de si a sua individualidade, a qual logo passa a expressar, e o resto de sua vida será uma afirmação cada vez maior de sua singularidade." Na vida adulta o impulso agressivo serve par conservar e definir a identidade pois a manutensão da identidade humana requer oposição. Quanto mais inseguros somos, mai procuramos reafirmação através do descobrimento de pessoas ou grupos que pensam e sentem como nós. Toda criança deveria ter uma formação doméstica e afetiva de modo que possuísse intimamente uma convicção de ser digna de amor, bem como a certeza de ser capaz de dar amor aos outros, pois o amor é uma importante fonte de orgulho necessária para a reafirmação do nosso valor como seres humanos dignos de amor. E amor próprio.

 
82              
  Fernão Capelo Gaivota  
  Richard Bach  
  "Fernão Gaivota descobriu que o tédio, o medo e a ira são as razões porque a vida de uma gaivota é tão curta e..."


". Não aprender nada significa que o proximo mundo será igual a este, com as mesmas limitações e pesos de chumbo a vencer."


"...tu tens a liberdade de seres tu mesmo, de seres teu próprio eu, aqui e agora, e não há nada que possa interpor-se no teu caminho." "Se a nossa amizade depende de coisas como o espaço e o tempo, então, quando ultrapassarmos o espaço e o tempo, teremos destruído a nossa fraternidade !"


"Tens de treinar até veres a verdadeira gaivota, o que há de bom em cada uma delas, e ajuda-las a ver isso nelas próprias. Pra mim, o amor é isso."


"...todo o vosso corpo, da ponta da asa à ponta da outra, não é mais do que o vosso próprio pensamento."
 
83              
  A Energia Nuclear  
  desconhecido  
  Atomo = tudo o que existe, sistema planetario de partículas indivisíveis e distintas entre si. Alquimistas - transmutar a matéria em ouro. pedra filosofal. elixir da longa vida . ferro - mercúrio, enxofre, sal sólido e sal solúvel . . . O átomo emite e absorve uma energia descontínua e internitente = "quantum" a intensidade da energia varia com a frequência da radiação insidida sobre um átomo . daí,"a energia pode se tornar matéria como a matéria em energia "einstein" transcedental: Matéria e energia são dois aspectos distintos de uma mesma realidade .
Neutron, insiguinificante matéria capaz de desencadear a descomposição da matéria ... Bomba de hidrogênio Os atomos são eternos como o universo. Na terra há abundancia de atomos de ferro e oxigenio
no universo abundancia de atomos de ferro. A estrutura da matéria é de natureza elétrica
 
84              
  The Universe and beyond  
  Terence Dickinson     
  I-velocidade da luz.
quando um farol de carro ilumina o céu ao subir um morro, pelo menos um photon de luz escapa da atmosfera,
2 segundos depois ele passa pela lua .
1 minuto depois, a Terra e Lua são pequenas estrelas.
1 Mês depois o Sol se torna uma estrela.
20 anos estão + ou - 100 estrelas:
Alpha centauri, tauceti, epsilon, sirius, procyon ...
movendo -nos para fora de nossa galaxia.
50 anos o sol ainda é visto Mas o céu
continua parecendo com o q vemos na terra.
100 anos depois o photon está saindo da via láctea.
80.000 anos da terra está a galaxia de Andrômeda(1 trilhão de estrelas)
e 30 outras.
os melhores telescópios podem ver até 8 bilhoes de anos luz de distância .
acredita-se q o universo tem fim a 15 bilhões de anos luz . II - Sol e Pingpong
Se o sol for reduzido ao tamanho de uma bola de ping pong
A terra se tornaria um grão de poeira a 8 pés de distância .
A lua juntinho da terra a ¼ pés
Júpiter uma nóz estaria a 40 pes
pluto estaria a 300 pes
Alpha centauri a estrela + próxima de nós um (triple star system)
esta a 400 milhas . III - orbita de 10 cents
Se a órbita da terra fosse do tamanho de um dime .
Beteguelse - a maior estrela conhecida , seria do tamanho de uma polegada
A via láctea seria do tamanho da terra .
Andrômeda estaria perto da metade da distancia da terra a lua .
Pularíamos de estrela em estrela em alguns minutos ,
mesmo assim viajens entre galáxias durariam um vida .
IV - galaxia na nossa mao
Se a via láctea fosse do tamanho da nossa mão ,
Andrômeda, um pouco maior estaria a 7 pés
Outras galáxias poderiam ser vistas de diferentes tamanhos
desde cabeças de alfinetes a bolas de basquete.
Mesmo que a passos de distância entre galáxias ,
levaria séculos andando até o final .
Além disso nosso universo é apenas um
dentre milhões q constituem o cosmos . V - tempo
um milhão de segundos são doze dias
mais um bilhão de segundos sao + de 32 anos
um trilhao 300 seculos
tem um espaço de 7.000 anos luz entre o braço espiral da via Láctea .
a via lactea tem (200 bilhoes de estrelas)
o Hercules Cluster um dos 150 clusters similares
que orbitam a via láctea tem 1.000.000 de sois
numa esfera de 75anos luz.
o Universo conhecido tem + de 100 bilhoes de galaxias Até hj 2002, 300 homens viram a terra do espaço .
12 pisaram na lua .

lua é ¼ do tamanho da terra Marte
A noite -180F o ar (co2) congela formando uma camada de gelo e neve .
A água evapora instantaneamente - a atmosfera is straved for moisture .
Life suport de 3 anos para uma viajem a marte .

Vênus
a 3.000 pés a Atmosfera é densa como água e ácida como água de bateria
e quente como óleo fervendo .

Mercúrio
Mariner 10 (1974)
Sol é 5 vz + forte
Tem lugares sujeitos a dias eternos (176 dias terrestres)

Jupter
Se a terra fosse uma bola de golf júpiter seria uma bola de basket
Roda em torno do seu axis cada 10 h
Um ponto na superfície de jupter está a 22.000 milhas/h contra 1.000 da terra
Atmosfera e de hidrogênio e Helio
Nuvens cirrus - amônia em cristais de gelo
Nesse nível um balão de hidrogênio aquecido voaria bem .
0 grau e presença de gotículas de amônia
100 x a pressão qu há na terra .
a 600 milhas pra baixo , o hidrogênio liquido e mais denso que chumbo . e está a 3600F
a 1800 milhas a 10.000F há 90.000 x a pressão da terra
o core está a 20.000F 3.000.000 x a pressão da terra .
o hidrogênio liquido vira metal q e responsável pelo enorme campo magnético .
se jupter fosse 80 vezes maior seria uma bomba thermonuclear e se tornaria uma estrela .
jupter radia 2 vezes e meia o q recebe do sol .
encolhe 1 fração de polegada por ano.
Acima das nuvens é radiação é o limite das naves espaciais de hj .
lua - io .vulcões que ja a transformaram de dentro pra fora tres vezes,
a radiação espacial é tão intensa acima da superfície
que forma um escudo de uns 30cm de expessura,
que é quase o necessário para a proteção humana.
triunfo da voyager 1 no espaço. Saturno
3 luas
parece jupter só q + frio e menos ativo
anéis :
partículas de gelo de poeira ao tamanho de casas .
tem 90 metros de espessura
está bem no equador e portanto ao alcance de um astronauta .
partículas giram a 45.000 milhas por hora
para cada partícula do tamanho de uma casa tem 1 milhao do tamanho de basketbal
separadas por alguns pés e 1.000.000.000 do tamanho de grãos de areia.
lua - titan - metano mesma atmosfera densa da terra,
gravidade da nossa lua, chuva neve e ocenao.
com o calor, a amonia foi partida em nitrogenio e hidrogenio q foi pro espaço,

Urano
9 luas
fog de cristais de gelo de metano esconde o q há de baixo .
metano líquido, monóxido de carbono, amônia .
acredita-se mar de monóxido de carbono ao se aproximar do core
tem 9 aneis com pedaços do tamanho de geladeiras.

Neptuno
5 aneis
tb tem um redspot, igual ao de jupter e no mesmo lugar , só q azul .
metano.
lua - triton - lava de nitrogenio liquido - neve de nitrogenio -
agua em pedra.. lugar mais frio do sistema do sol

Pluto
600 milhas de diâmetro
tem a órbita mais elíptica de tds .
chega a cruzar com a órbita de neptuno .
frio - tem a mesma composição
no verao pluto recebe a luz do sol como 600 vezes a da nossa lua,
metano e nitrogenio sublimam em vapor

cometas - agua, metano, amonia e outros gelos
ao passar p´roximos ao sol, eles derretem formando a cauda visível.

asteroides - entre marte e jupter. eros: o maior.
Sol
5 % das estrelas da via láctea tem o mesmo tamanho e brilho
tem massa sufuciente par produzir sua propria energia termonuclear
hydrogen-fusion reaction.
1 milhão de vezes o volume da terra e 333.000 a massa.
o sol queima 655 milhoes de toneladas de hydrogenio e
650 milhoes de toneladas de helio cada segundo
os 5 milhoes faltantes sao convertidos em
400 trilhoes trilhoes de wats.
orbita de 200 milhoes de anos em volta do nucleo da galaxia
oscilando um pouco acima e abaixo e na parte de dentro do curving spiral arm.

anões vermelhos
constituem mais da metade da população da milky way
tem aproximadamente 1 décimo do diametro e da massa do nosso sol.
o menor tem oitenta vezes a massa de jupter

anões brancos
estrelas como o nosso sol vivem por muito tempo . nosso sol em 50 bilhoes de anos se tornará maior e mais claro, queimara a terra e em 100 milhoes de anos will colapse into a dense mass with atomic nuclear swim in a sea of eletrons the size of earth radiating white and hot lihgt and producing a nebula star wind that will last for 40.000 years, and than maybe it will become a black dwarf(not proved).

Blue Super Giants ... Rigel, Deneb

Supernova
gigantes azuis morrem cedo.
carbon, nitrogen, oxygen, iron implodes into an explosion that can be be seen a million of light years away even in daylight. heavier elements such as iron, lead, gold, uranium were created. the supernova nebula holds these material forming stars and families of planets.
supernova´s were seen 23 fev 1987, 1604, 1572, 1054ac chineses observaram the crab nebula with a pulsar object the size of a city with 500.000 a massa da terra,
flashing an intense magnetic focused beam knouwn as neutron star. Vela supernova ocured 6.000 to 11.000 years ago - 4 to 9.000 bc humans could observe like a full moon light. sumerians (mesopotania) iraq had described it

Buracos negros
mega supernovas
em vez de pulsares , criam buracos que absorvem a matéria.

galaxias elipticas podem possuir 50 trilhoes de estrelas,
spiral are most comon.
 
85              
  Cem Anos de Solidão  
  Gabriel García Márquez  
 

Cem Anos de Solidão é uma obra do escritor colombiano Gabriel García Márquez, Prêmio Nobel da Literatura em 1982, e é atualmente considerada uma das obras mais importantes da literatura latino-americana. Essa obra tem a peculiaridade de ser umas das mais lidas e traduzidas de todo o mundo. Durante o IV Congresso Internacional da Língua Espanhola, realizado em Cartagena, na Colômbia, em março de 2007, Cem Anos de Solidão foi considerada a segunda obra mais importante de toda a literatura hispânica, ficando apenas atrás de Dom Quixote de la Mancha. Utilizando o estilo conhecido como realismo mágico e do romance histórico, Cem Anos de Solidão cativou milhões de leitores e ainda atrai milhares de fãs à literatura constante de Gabriel García Márquez.

Considerado um dos melhores livros de literatura latina já escritos, sua história passa-se numa aldeia fictícia e remota na América Latina chamada Macondo. Esta pequena povoação foi fundada pela família Buendía – Iguarána.

A primeira geração desta família peculiar é formada por José Arcadio Buendía e Úrsula Iguarán. Este casal teve três filhos: José Arcadio, que era um rapaz forte, viril e trabalhador; Aureliano, que contrasta interiormente com o irmão mais velho no sentido em que era filosófico, calmo e terrivelmente introvertido; e por fim, Amaranta, a típica dona de casa de uma família de classe média do século XIX. A estes, juntar-se-á Rebeca, que foi enviada da antiga aldeia de José Arcadio e Ursula, sem pai nem mãe.

A história desenrola-se à volta desta geração e dos seus filhos, netos, bisnetos e trinetos

 
86              
  Uma breve história do tempo  
  Stephen Hawking     
 

Explica vários temas de Cosmologia, incluindo a Teoria do Big Bang, os buracos negros, os cones de luz e a Teoria das Supercordas ao leitor não especialista no tema. Seu principal objetivo é dar uma visão geral do tema mas, não usual para um livro de divulgação, também tenta explicar algo de matemáticas complexas.

O autor adverte que ante qualquer equação no livro o leitor poderia ver-se em problemas, pelo que incluiu só uma simples equação: E = mc².

Possui uma introdução escrita pelo divulgador científico Carl Sagan.

 
87              
  Persépolis  
  Marjane Satrapi  
 

Persépolis é uma histórias em quadrinhos francesa autobiográfica de Marjane Satrapi, que retrata sua infância até seus primeiros anos de vida adulta no Irã, durante e após a Revolução Islâmica. Persépolis lembra os leitores da “precariedade da sobrevivência” em situações políticas e sociais. O título Persépolis é uma referência à antiga capital do Império Persa, Persépolis. Originalmente publicada em francês, a graphic novel foi traduzida para muitos outros idiomas, incluindo inglês, espanhol, catalão, português, italiano, grego, sueco, georgiano e outros. A partir de 2018, já vendeu mais de 2 milhões de cópias em todo o mundo. Persepolis 1 foi escrito em 2000 e Persepolis 2 foi escrito em 2004.

O uso de graphic novels por Marjane Satrapi para descrever seus próprios eventos de vida a tornou facilmente acessível a pessoas em todo o mundo. Em um artigo intitulado Por que escrevi Persépolis, Satrapi diz "As imagens são uma maneira de escrever. Quando você tem o talento para escrever e desenhar, parece uma pena escolher apenas um.

 
88              
  Kafka à beira-mar  
  Haruki Murakami  
 

Neste romance os gatos conversam com pessoas, do céu cai peixe, um chulo faz-se acompanhar de uma prostituta que cita Hegel e uma floresta abriga soldados que não sabem o que é envelhecer desde os dias da Segunda Guerra Mundial. Assiste-se, ainda, a uma morte brutal, só que tanto a identidade da vítima como a do assassino permanecerão um mistério.

Kafka à beira-mar é um dos romances mais ambiciosos do escritor japonês Haruki Murakami, e uma das mais surpreendentes obras da literatura contemporânea.

 
89              
  Austerlitz  
  W. G. Sebald  
 

Austerlitz é um romance de 2001 do escritor alemão W. G. Sebald. Foi o romance final de Sebald. O livro recebeu o prêmio National Book Critics Circle Award. Em 2019, ficou em 5º lugar na lista do The Guardian dos 100 melhores livros do século XXI.

Obra-prima de W. G. Sebald e um dos grandes romances deste século, Austerlitz é a crônica de um homem em busca de sua biografia.

 
90              
  The 2666  
  Roberto Bolaño  
 

2666 é um romance póstumo escrito pelo romancista chileno Roberto Bolaño (1953-2003). O livro, lançado em 2004 foi escrito quando Roberto Bolãno já está sentenciada à morte, tendo sido publicado um ano depois do seu falecimento.

Tem vários níveis narrativos que giram em torno de dois interesses principais:

- as obras de um obscuro autor alemão, Benno von Archimboldi.

- uma série de assassinatos de mulheres em Santa Teresa, no México. A cidade é transposição ficcional de Ciudad Juárez.

 
91              
  Don Juan  
  Peter Handke  
  Don Juan (narrado por ele mesmo), apesar do seu subtítulo, é recontado, de fato, por um cozinheiro solitário e ocioso, ávido leitor, que, um belo dia, em meio a leituras de Racine e Pascal, decide dar um basta nos livros. Sua imprevista decisão coincide com a igualmente repentina e abrupta aterrissagem de Don Juan no jardim do albergue onde ele vive, nas ruínas do monastério de Port-Royal-des-Champs, na França. Não um Don Juan qualquer, mas o próprio Don Juan, a figura legendária cujas aventuras já foram contadas e recontadas e que Peter Handke decide ambientar definitivamente na contemporaneidade. Ganhador do Prêmio Nobel de Literatura 2019, Peter Handke é um dos maiores escritores de língua alemã.  
92              
  Mindset: A Nova Psicologia do Sucesso  
  Carol S. Dweck  
 

Carol S. Dweck, professora de psicologia na Universidade Stanford e especialista internacional em sucesso e motivação, desenvolveu, ao longo de décadas de pesquisa, um conceito fundamental: a atitude mental com que encaramos a vida, que ela chama de "mindset", é crucial para o sucesso. Dweck revela de forma brilhante como o sucesso pode ser alcançado pela maneira como lidamos com nossos objetivos. O mindset não é um mero traço de personalidade, é a explicação de por que somos otimistas ou pessimistas, bem-sucedidos ou não. Ele define nossa relação com o trabalho e com as pessoas e a maneira como educamos nossos filhos. É um fator decisivo para que todo o nosso potencial seja explorado.

 
93              
  Travessuras da Menina Má  
  Vargas Llosa  
 

Travessuras da menina má é uma obra de ficção, levemente autobiográfica, do escritor peruano Mario Vargas Llosa, Prêmio Nobel de Literatura de 2010. O livro, publicado em 2006, narra uma história de amor repleta de referências a acontecimentos que marcaram o mundo durante a segunda metade do século XX.

Trata-se de um romance nada convencional entre Ricardo Somocurcio - um pacato peruano que, realizando um sonho de infância, vai morar em Paris - e Lily (ou Otília), a chamada "menina má" - uma garota ousada que ele conhecera na efervescente década de 1950, em Lima, sua cidade natal.

 
94              
  Sobre os ossos dos mortos  
  Olga Tokarczuk  
 

A aclamada autora mistura thriller e humor nesta reflexão sobre a condição humana e a natureza. Vencedora do Nobel de literatura. Subversivo, macabro e discutindo temas como mundo natural e civilização, este livro parte de uma história de crime e investigação convencional para se converter numa espécie de suspense existencial. "Uma das grandes vozes humanistas da Europa", segundo o jornal The Guardian, Olga Tokarczuk oferece um romance instigante sobre temas como loucura, injustiça e direitos dos animais.

 
95              
  Sapiens - Uma Breve História da Humanidade  
  Yuval Harari  
 

Sapiens: Uma Breve História da Humanidade é um livro de Yuval Harari publicado primeiramente em 2014, embora tenha sido lançado originalmente em Israel em 2011, com o título Uma Breve História do Gênero Humano. Harari cita o livro Armas, Germes e Aço, do autor Jared Diamond como uma das maiores inspirações para o livro, mostrando que era possível "fazer muitas grandes perguntas e respondê-las cientificamente".

O livro aborda a História da Humanidade desde a evolução arcaica da espécie humana na idade da pedra, até o século XXI. Seu principal argumento é que o Homo sapiens domina o mundo porque é o único animal capaz de cooperar de forma flexível em largo número e o faz por ser a única espécie capaz de acreditar em coisas que não existem na natureza e são produtos puramente de sua imaginação, tais como deuses, nações, dinheiro e direitos humanos.

 
96              
  O Poder do Hábito  
  Charles Duhigg  
 

O Poder do Hábito: por que fazemos o que fazemos na vida e nos negócios é um livro de Charles Duhigg, ex-repórter do New York Times, publicado em Fevereiro de 2012 pela Random House. Explora a ciência por trás da criação e reforma de hábitos. O livro chegou à lista de mais vendidos do New York Times, Amazon.com e USA Today.

O loop do hábito é um padrão neurológico que governa qualquer hábito. Consiste em três elementos: uma deixa, uma rotina e uma recompensa. Entender esses componentes pode ajudar a entender como mudar os maus hábitos ou formar bons. O loop de hábitos sempre é iniciado com uma deixa, um gatilho que transfere seu cérebro para um modo que determina automaticamente qual hábito usar. O coração do hábito é uma rotina mental, emocional ou física. Finalmente, há uma recompensa, que ajuda seu cérebro a determinar se esse loop em particular vale a pena ser lembrado para o futuro.

A regra de ouro da mudança de hábitos ajuda a parar os hábitos de dependência e substituí-los por novos. Afirma que, se você mantiver a deixa inicial, substituir a rotina e manter a recompensa, a mudança acabará ocorrendo.

 
97              
  O Fim do Homem Soviético  
  Svetlana Alexijevich  
 

O povo russo assistiu com espanto à queda do Império Soviético. A política de abertura do governo Gorbatchóv impôs uma mudança drástica da estrutura social, do cotidiano e, sobretudo, da direção ideológica da população.

Em O fim do homem soviético, Svetlana Aleksiévitch examina a vida das pessoas afetadas por essa transformação. Em cada personagem está um pouco da história russa — a mãe cuja filha morreu em um atentado; a antiga funcionária do Partido Comunista que coleciona carteiras abandonadas de ex-filiados; o velho militante que passou dez anos em um campo de trabalhos forçados.

O livro traz um painel fantástico de russos de todas as idades que se movem entre a possibilidade de uma vida diferente e a derrocada da sociedade que conhecem.

 
98              
  Outros Jeitos de Usar a Boca  
  Rupi Kaur  
 

Maior fenômeno de poesia dos EUA na última década, há mais de 40 semanas no topo das listas de best-sellers Outros jeitos de usar a boca é um livro de poemas sobre a sobrevivência. Sobre a experiência de violência, o abuso, o amor, a perda e a feminilidade.

O volume – publicado nos EUA como "milk and honey" – é dividido em quatro partes, e cada uma delas serve a um propósito diferente. Lida com um tipo diferente de dor. Cura uma mágoa diferente.

Outros jeitos de usar a boca transporta o leitor por uma jornada pelos momentos mais amargos da vida e encontra uma maneira de tirar delicadeza deles.

Publicado inicialmente de forma independente por Rupi Kaur, poeta, artista plástica e performer canadense nascida na Índia – e que também assina as ilustrações presentes neste volume.

O livro se tornou o maior fenômeno do gênero nos últimos anos nos Estados Unidos, com mais de 1 milhão de exemplares vendidos.

 
99              
  A Estrada Subterrânea  
  Colson Whitehead  
 

Cora é uma jovem escrava numa plantação de algodão. Parece-lhe impossível fugir ao seu destino sombrio. Até que ouve falar da estrada subterrânea.

Um romance notável, que reconstrói os tempos da escravatura, misturando fábula e realidade. Uma poderosa história individual que espelha uma condição universal: a luta para escapar ao próprio destino.

Prémio Pulitzer de Ficção * National Book Award * Indies Choice Book Award * Andrew Carnegie Medal of Excellence.

Cora é escrava numa plantação de algodão no Estado sulista da Geórgia. A vida é um inferno para todos os escravos, mas particularmente difícil para Cora. Abandonada pela mãe, ela cresce no meio da mais difícil solidão, a dos que são marginalizados pelos seus iguais. Quando Caesar, um jovem escravo acabado de chegar do Estado vizinho da Virgínia, lhe fala da estrada subterrânea, os dois decidem correr um risco fatal e fogem da plantação, rumo ao Norte e à Liberdade. Nessa madrugada de mau presságio, inicia-se uma fuga sangrenta, uma odisseia de esperança e desilusão.

 
100              
  Pessoas normais  
  Sally Rooney  
 

Uma história única e envolvente sobre dois jovens que devem enfrentar a eletricidade do primeiro amor em meio às sutilezas das classes sociais e dos problemas familiares. Sally Rooney é a voz da geração millennial.

Na escola, no interior da Irlanda, Connell e Marianne fingem não se conhecer. Ele é a estrela do time de futebol, ela é solitária e preza por sua privacidade. Mas a mãe de Connell trabalha como empregada na casa dos pais de Marianne, e quando o garoto vai buscar a mãe depois do expediente, uma conexão estranha e indelével cresce entre os dois adolescentes — contudo, um deles está determinado a esconder a relação. Um ano depois, ambos estão na universidade, em Dublin. Marianne encontrou seu lugar em um novo mundo enquanto Connell fica à margem, tímido e inseguro. Ao longo dos anos da graduação, os dois permanecem próximos, como linhas que se encontram e separam conforme as oportunidades da vida. Porém, enquanto Marianne se embrenha em um espiral de autodestruição e Connell começa a duvidar do sentido de suas escolhas, eles precisam entender até que ponto estão dispostos a ir para salvar um ao outro. Uma história de amor entre duas pessoas que tentam ficar separadas, mas descobrem que isso pode ser mais difícil do que tinham imaginado.

"O fenômeno literário da década." — The Guardian

 
           
            
State Of The Art Almanac