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Les Demoiselles d’Avignon ou As Senhoritas de Avignon, em português, é uma das telas mais conhecidas de Pablo Picasso e de toda arte moderna. O artista a criou no verão de 1907, quando tinha seus vinte e poucos anos e morava em Paris. Seu título, dado por André Salmon, amigo do artista, na ocasião da primeira exposição da pintura em 1916, faz referência à rua Avignon, em Barcelona, que abrigava bordéis. Ou seja, a imagem representaria cinco prostitutas, entre cortinas que se abrem, que encaram e seduzem o espectador através de diferentes poses, gestos e olhares. O artista não teria gostado do título que acabou sendo atrelado à obra, a qual ele mesmo se referia como mon bordel – meu bordel.
Observando partes a composição:
- No primeiro plano da pintura está um prato com frutas, também mostradas de maneira sensual, onde se espalham uvas, maçã, pera e melancia.
- No centro, duas das prostitutas fitam o observador, como se o convidassem, provocativamente, a se deliciar com seus corpos. Elas são mais delicadas e realistas do que as demais.
- À direita, uma prostituta, assentada de costas para o observador, também o fita, com sua cabeça cubista virada para trás, numa posição inverossímil. Seu rosto tem o nariz torto e os olhos, de cores diferentes, totalmente desalinhados. Parece usar uma máscara.
- Acima dela, uma figura, usando máscara africana tribal, encontra-se de pé, com os braços abertos, abrindo as cortinas.
- A quinta mulher está próxima à porta, como se convidasse as pessoas para entrarem, contendo uma cortina vermelha aberta. Ela é a mais musculosa das cinco.
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