O Curso de filosofia positiva foi a principal obra do filósofo e sociólogo francês Augusto Comte, uma das personalidades filosóficas mais célebres do século XIX, que também foi fundador do positivismo. Sua obra trata de responder aos avanços da ciência, propondo que esta servisse para melhorar não apenas a soma do conhecimento humano, mas a sociedade como um todo. Iniciado em 1830, o Curso terminou em 1842, doze anos depois; foi publicado em seis volumes. Seu trabalho reúne precisamente as lições de um curso que o autor deu em 1829 e 1830 no Ateneo Real de Paris.
O conteúdo do Curso, publicado em forma de seis volumes, resume os princípios básicos do positivismo (daí o seu nome) e a teoria dos três estados. O positivismo, escreveu Comte, "reconhece, como regra fundamental, que toda proposição que não seja estritamente redutível ao simples enunciado de um fato, particular ou geral, não pode oferecer nenhum sentido real ou inteligível". O positivismo, ou o "positivo', não é contrário ao "negativo", mas sim que a palavra deriva-se do radical latino "positum" (local, dado). Resumidamente, afirma que na realidade existe uma ordem única com tendência ao progresso indefinido da sociedade.
Esta obra de Comte foi considerada o "romance da ciência" devido aos ideais que sua filosofia sustentava, focados no desenvolvimento das ciências, a fim de reunir todo o conjunto de conhecimento humano, mas sempre através do conhecimento objetivo, nunca pelo ponto de vista de cada pessoa e nem pelas divagações teológicas ou metafísicas. |